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Palestina

Adolescente ícone da resistência palestina deixa a prisão

A adolescente Ahed Tamimi, de 17 anos, ícone da resistência palestina contra a ocupação israelense, foi libertada na manhã deste domingo (29), depois de passar quase oito meses presa em Israel. A garota foi detida em dezembro de 2017, depois de enfrentar soldados israelenses no pátio de sua casa, na Cisjordânia - imagens que viralizaram no mundo inteiro.

A jovem Ahed Tamimi foi recebida por uma multidão neste domingo (29) em Nabi Saleh, na Cisjordânia.
A jovem Ahed Tamimi foi recebida por uma multidão neste domingo (29) em Nabi Saleh, na Cisjordânia. REUTERS/Mohamad Torokman
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A mãe de Ahed, também detida ao se envolver no confronto, deixou a prisão Sharon, em Israel, neste domingo. Elas encontraram familiares na cidade de Nabi Saleh, Cisjordânia, onde vivem.

Emocionada, ao chegar ao local, Ahed abraçou membros de sua família e foi seguida no caminho até sua casa por uma multidão. "Queremos viver livres!", gritavam manifestantes.

A garota agradeceu o apoio e, diante de um mar de câmeras, conversou com jornalistas. "A resistência continua até que a ocupação termine", declarou. 

A jovem também encontrou amigos que perderam familiares no confronto com soldados israelenses. Em seguida, se digiriu à cidade de Ramallah, onde colocou flores no túmulo do ex-presidente palestino Yasser Arafat. Na sede da Autoridade Palestina, foi recebida pelo presidente Mahmoud Abbas.

Confronto que viralizou

Ahed Tamimi ficou conhecida mundialmente depois de que um vídeo em que ela e a prima, Nour, enfrentam dois soldados israelenses. As imagens fizeram a volta do planeta e a Ahed, com apenas 16 anos na época, foi presa dias depois. Nour foi libertada em março.

Para os palestinos, a jovem é considerada o símbolo da luta contra a ocupação israelense em territórios palestinos. No entanto, para muitos israelenses, a garota é instrumentalizada por sua família e já havia se envolvido em outros incidentes violentos com soldados.

Já para os defensores dos direitos humanos, o caso de Ahed Tamimi ajudou a destacar irregularidades dos tribunais militares israelenses, que praticamente só condena palestinos.

"Prendendo uma criança durante oito meses - por convocar protestos e dar tapas em um soldado - reflete uma discriminação endêmica, a ausência de um procedimento oficial e um tratamento doentio às crianças. Ahed Tamimi está livre, mas centenas de crianças palestinas continuam presas com pouca atenção a seus casos", tuitou Omar Shakir, diretor da Ong Human Rigts Watch em Israel. 
 

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