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Rússia/Copa do Mundo

Às vésperas da Copa, protestos alertam para situação dos direitos humanos na Rússia

Várias ONGs aproveitam a início da Copa do Mundo na Rússia, na próxima quinta-feira (14), para chamar a atenção sobre a situação dos direitos humanos no país que acolhe o evento esportivo. Neste fim de semana, um protesto alertou para o caso dos presos políticos, entre eles o diretor ucraniano Oleg Sentsov, em greve de fome há quase um mês.

Centenas de pessoas manifestaram em Moscou para pedir a liberdade do cineasta Oleg Sentsov e de outros presos políticos na Rússia
Centenas de pessoas manifestaram em Moscou para pedir a liberdade do cineasta Oleg Sentsov e de outros presos políticos na Rússia © Daniel Vallot / RFI
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Daniel Vallot, correspondente da RFI em Moscou

Quatro dias antes da abertura da Copa do Mundo, centenas de manifestantes saíram às ruas em Moscou em protesto contra a prisão de Oleg Sentsov. O cineasta, que se opunha a anexação da Crimeia, foi condenado a 20 anos de prisão, acusado de “terrorismo” e “tráfico de armas”. Detido em uma penitenciária no norte da Rússia, ele está em greve de fome desde 14 de maio.

Uma grande bandeira com a foto em preto e branco do ucraniano foi exposta nas ruas da capital neste domingo (10). “Estamos aqui para ajudar Oleg Sentsov e dar nosso apoio. Queremos mostrar ao mundo que não é possível continuarmos tendo presos políticos em pleno século 21”, disse uma das manifestantes.

Para o ex-deputado da oposição Dmitri Goudkov, a Copa do Mundo é um momento ideal para chamar a atenção da comunidade internacional e pressionar Vladimir Putin e as autoridades russas. “Sentsov começou sua greve de fome há 28 dias. Se ele morrer, o que é possível, isso poderá representar um grande problema para o governo e para o Mundial. Então espero que a competição terá um impacto nessa situação e que nossos dirigentes libertem os prisioneiros políticos ou, pelo menos, os troquem com russos detidos na Ucrânia”, declarou.

A troca de detentos é um assunto que vem sendo cogitado há dias entre Kiev e Moscou. Após ter descartado essa hipótese na semana passada, Putin deu a entender que as discussões haviam sido retomadas com as autoridades ucranianas.

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