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Iraque

Candidatos antissistema saem fortalecidos nas legislativas do Iraque

Os iraquianos surpreenderam, nesta segunda-feira (14), colocando na liderança das eleições legislativas duas listas antissistema. O primeiro-ministro Haider Al-Abadi, que conta com amplo apoio internacional, sai do pleito enfraquecido.

Comissão eleitoral iraquiana anuncia primeiros resultados da eleição legislativa
Comissão eleitoral iraquiana anuncia primeiros resultados da eleição legislativa REUTERS/Abdullah Dhiaa al-Deen
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Esses primeiros resultados oficiais das eleições de sábado (12) não incluem os votos das forças de segurança, dos iraquianos no exterior, nem dos deslocados, que ainda podem mudar a situação. Mas por enquanto, para surpresa geral, os dois movimentos à frente são os do líder nacionalista xiita Moqtada Sadr, aliado dos comunistas que se aproximaram da Arábia Saudita em detrimento de Teerã, e as Forças de Mobilização Popular, um grupo ligado ao Exército próximo do Irã.

No passado, ambos adotaram uma retórica hostil aos Estados Unidos e até chegaram a se enfrentar militarmente, antes de fazerem uma frente comum para expulsar o grupo Estado Islâmico (EI) do país.

Esses surpreendentes resultados surgem quando Washington e Teerã estão em seu pior momento bilateral, depois que o presidente americano, Donald Trump, retirou o país do acordo sobre o programa nuclear iraniano. Estados Unidos e Irã haviam acordado tacitamente, em 2014, o nome de Haider Al-Abadi e descartaram seu rival no partido Daawa, Nuri Al-Maliki, cujo plano para voltar ao poder fracassou.

Rejeição à corrupção explicaria o resultado

A inédita aliança do líder xiita Moqtada Sadr e os comunistas com um programa anticorrupção lideram em seis das 18 províncias, incluindo Bagdá, ocupando a segunda posição em outras quatro. Seus simpatizantes, que se manifestam toda semana contra a corrupção por todo país, reuniram-se no domingo à noite no centro de Bagdá e em seu reduto, o bairro pobre de Sadr City, para celebrar "a vitória sobre os corruptos" e "uma nova etapa para o povo iraquiano".

Já a Aliança da Conquista, uma lista de ex-comandantes e combatentes das Forças de Mobilização Popular, liderava em quatro províncias, incluindo a cidade de Basra (sul), ficando em segundo em outras oito. Abadi foi superado em todas as províncias, salvo em Nínive, cuja cidade principal é Mossul, ex-"capital" do grupo EI, de quem Abadi anunciou a "libertação" em meados de 2017.

(Com informações da AFP)

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