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ONU/rohingya

ONU faz apelo urgente para ajudar minoria rohingya em Bangladesh

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançou um chamado urgente nesta sexta-feira (4) à comunidade internacional para que forneça fundos para os rohingyas e as comunidades que os acolhem em Bangladesh.

Minoria rohingya em Bangladesh (29/04/2018).
Minoria rohingya em Bangladesh (29/04/2018). REUTERS
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Este ano, a entidade, cuja sede fica em Roma, coordena junto com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) o grupo de 22 agências da ONU que trabalham com migração.

A FAO solicita US$ 8,3 milhões para apoiar os refugiados rohingyas e as comunidades de acolhida em Bangladesh, o que representa cerca de 1,2 milhão de pessoas.

A agência especializada da ONU teme que com a temporada de ciclones e chuvas monçônicas nessa região se agrave a precária situação dos refugiados e das comunidades que os acolhem.

Fugindo ofensiva militar

Cerca de 700 mil rohingyas, uma minoria muçulmana apátrida, deixaram Mianmar e foram a Bangladesh para fugir de uma ofensiva militar iniciada em agosto de 2017.

A crise dos refugiados, que atinge cerca de 900 mil pessoas, exerce uma grande pressão sobre as comunidades de acolhida, já que a população disputa os já escassos recursos naturais, alimentos, combustível e trabalho, destacou a FAO.

Além disso, a desnutrição e anemia superam amplamente os níveis de emergência estabelecidos internacionalmente nas crianças rohingyas que estão nos campos de refugiados em Bangladesh, advertiram pesquisadores americanos na terça-feira.

"A crescente necessidade de derrubar as florestas para obter lenha está esgotando os recursos ambientais, o que intensifica o risco de perigosos deslizamentos de terra e inundações repentinas durante a temporada de monções deste ano", advertiram os especialistas da ONU.

Tragédia humana

"A FAO está muito preocupada porque, se não investirmos agora em esforços de recuperação ambiental, esta situação pode ter consequências em curto e longo prazo, e só fará piorar uma tragédia humana que já é devastadora", afirmou em comunicado Peter Agnew, coordenador de emergências da FAO em Bangladesh.

"Simplesmente não há trabalho e recursos suficientes para todos. Precisamos criar oportunidades para que as pessoas reconstruam seus meios de subsistência e as tensões sociais crescentes sejam aliviadas, ou logo poderemos enfrentar uma crise adicional dentro da crise", explicou.

Os fundos serão destinados a proteger e restaurar os meios de subsistência das populações vulneráveis, mitigar a tensão social e realizar atividades de recuperação ambiental e produção agrícola em longo prazo, detalhou o especialista.

Até o momento, a FAO recebeu US$ 1,5 milhão do total de US$ 9,8 milhões que requer urgentemente para 2018.

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