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EI/propaganda

Propaganda online do grupo EI paralisada por polícias dos EUA e da Europa

As polícias dos Estados Unidos e da União Europeia conseguiram paralisar os principais órgãos de propaganda do grupo Estado Islâmico na internet. A operação internacional sem precedentes foi realizada em parceria com diversos países europeus e o Canadá, segundo o anúncio da agência de polícia europeia, a Europol, nesta sexta-feira (27).  

Integrante do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, em Mossul, em agosto de 2013.
Integrante do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, em Mossul, em agosto de 2013. AFP PHOTO / YOUTUBE
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A operação, realizada na quarta (25) e quinta (26), visou especialmente a agência Amaq, utilizada pelos extremistas para divulgar informações sobre o grupo Estado Islâmico e reivindicar atentados e ataques no Oriente Médio e outros lugares do mundo, como as ações terroristas de Nice, Paris, Bruxelas, Barcelona e Berlim

Outros veículos afetados foram a rádio al-Bayan e os sites Halumu e Nashir. Para realizar a tarefa, os países identificaram e bloquearam servidores online utilizados pelos radicais islâmicos nos Estados Unidos e na Europa.

Esforço conjunto

Segundo Rob Wainwright, comandante da Europol, a capacidade da Amaq de fazer propaganda e recrutar jovens foi seriamente comprometida após a operação. Os serviços de inteligência europeus e americanos traçavam há anos estratégias para barrar a utilização da internet pelo grupo Estado Islâmico.

Policiais belgas, búlgaros, canadenses, franceses, holandeses, romenos, britânicos e americanos colaboraram no "esforço coordenado destinado a impedir o EI de publicar sua propaganda terrorista durante um tempo indeterminado", com apreensão de servidores na Holanda, Canadá e Estados Unidos, assim como equipamentos na Bulgária, França e Romênia.

"O objetivo é desestabilizar fortemente o aparato de propaganda do grupo EI e identificar os administradores desses servidores", afirmou a Procuradoria Federal da Bélgica, que coordenou a operação.

O serviços de inteligência eletrônica britânico (GCHQ) já havia anunciado no início de abril ter danificado seriamente as capacidades de atuação dos meios de comunicação do grupo EI.

Apogeu do califado

Em seu apogeu em 2015, quando o autoproclamado "califado" ocupou na Síria e no Iraque um território com tamanho quase equivalente ao da Itália, as atividades de propaganda dos extremistas eram muito variadas. O grupo marcou forte presença por muito tempo no Twitter, até que as novas normas provocaram o fechamento da maioria de suas contas.

Os extremistas também publicaram revistas com ilustrações, narrativas de combate, profecias apocalípticas ou manuais para a fabricação de bombas. O grupo EI criou aplicativos para smartphones e um site especializado nos "nasheed", cânticos guerreiros e religiosos entoados à capela. As produtoras audiovisuais Al Furqan e Al-Hayat lançaram documentários de ótima qualidade técnica para enaltecer as vitórias militares do grupo.
 

 

 

 

 

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