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Assad permanece determinado a "esmagar o terrorismo"; rebeldes temem novos massacres

O presidente sírio, Bashar Al-Assad, se declarou neste sábado (14) mais determinado do que nunca a "lutar contra o terrorismo" na Síria. Assad reagiu aos bombardeios ocidentais contra objetivos militares de seu regime, feitos em represália ao suposto ataque químico que matou mais de 40 pessoas em Duma na semana passada.

O presidente Bashar Al-Assad (à esquerda) e seu aliado russo Vladimir Putin.
O presidente Bashar Al-Assad (à esquerda) e seu aliado russo Vladimir Putin. Sputnik/Mikhail Klimentyev/ via REUTERS
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"Esta agressão apenas reforça a determinação da Síria de seguir lutando e esmagando o terrorismo", afirmou Assad em uma conversa por telefone com o colega iraniano Hassan Rohani, segundo a presidência síria. Quando o ditador sírio fala em "terrorismo", ele se refere tanto aos opositores de seu regime quanto a grupos jihadistas, ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico.

Os especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) continuarão sua missão de investigar o suposto ataque químico, apesar dos bombardeios realizados nesta madrugada pelos Estados Unidos, a França e o Reino Unido.

Em comunicado divulgado neste sábado (14), a OPAQ afirma que os especialistas da organização farão hoje, como estava previsto, uma visita a Duma. O intervalo de sete dias entre a chegada dos inspetores e o uso dos gases tóxicos reduz as chances de uma coleta extensa e provas. Além disso, a movimentação dos investigadores da OPAQ pode ser prejudicada pela entrada de tropas do regime e seus aliados neste sábado em Duma.

Rebeldes se preparam para novos ataques do regime

Para a oposição síria, a retaliação ocidental não mudará em profundidade a guerra civil no país. A determinação de Assad em acabar com qualquer tipo de resistência ao seu regime faz os opositores temerem um massacre no reduto rebelde de Idlib, que ainda está sob controle rebelde. Um alto dirigente iraniano apontou recentemente Idlib como a próxima meta do regime e seus aliados, depois de recuperarem Guta Oriental.  

Um dos principais líderes de oposição síria, Nasr al Hariri, disse que bombardeios pontuais, como aconteceram hoje, não diminuem o arsenal convencional do Exército de Assad. "Talvez o regime não venha mais a utilizar armas químicas, mas não hesitará em usar outras armas", declarou o opositor.

Os rebeldes da província de Hama também não acreditam mais que qualquer ação ocidental vá freiar Assad.

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