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Síria

Macron diz ter provas de que o regime sírio usou armas químicas

A França tem "provas" de que o regime sírio usou armas químicas em 7 de abril, perto de Damasco, e tomará suas decisões no "devido tempo", em coordenação com os Estados Unidos, sobre possíveis ataques de retaliação, declarou o presidente Emmanuel Macron em entrevista à TV francesa TF1.

O presidente francês Emmanuel Macron participa de uma entrevista de uma hora com o canal de notícias francês TF1, em uma escola em Berd'huis, na França, em 12 de abril de 2018.
O presidente francês Emmanuel Macron participa de uma entrevista de uma hora com o canal de notícias francês TF1, em uma escola em Berd'huis, na França, em 12 de abril de 2018. Yoan Valat/Pool via Reuters
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"Temos provas de que na semana passada, quase dez dias atrás, armas químicas foram usadas, pelo menos o cloro, e que elas foram usadas pelo regime de Bashar al-Assad", disse ele.

Emmanuel Macron fez referência ao suposto ataque químico em Duma, o último bastião rebelde no leste de Guta (que foi reconquistado pelo governo sírio hoje), perto de Damasco, no qual mais de 40 pessoas morreram de acordo com os Capacetes Brancos, equipes de resgate em áreas rebeldes e a ONG Syrian American Medical Society.    

"Teremos decisões a serem tomadas no devido tempo, quando julgarmos o mais útil e o mais eficaz", disse ele, na TV TF1, parecendo se dar algum tempo depois de fazer na terça-feira (10) um anúncio em que dizia "nos próximos dias".   

O presidente dos EUA, Donald Trump, com quem Macron disse estar em contato diário, também pareceu evasivo alguns momentos antes, twittando que os ataques poderiam ocorrer "muito em breve ou não tão cedo".  

“É necessário remover os meios de intervenção química do regime", repetiu o presidente francês, insistindo no fato de que qualquer represália terá lugar "uma vez que tenhamos verificado toda a informação".  

Além de possíveis ataques, a comunidade internacional também deve trabalhar para implantar mecanismos para garantir o cessar-fogo na Síria e garantir o acesso à ajuda humanitária, ele continuou.  

"Nós devemos garantir que a lei internacional seja respeitada e, portanto, continuar à mesa das Nações Unidas para fazer todo o possível para garantir o cessar-fogo para a população civil", disse ele.

“Devemos ajudar as ONGs a ajudar as pessoas no terreno, em Guta Oriental, em Idlib (outro bastião rebelde), e evacuar os civis para nunca mais rever as imagens horríveis de crimes que vimos com crianças, mulheres que estavam morrendo sufocadas porque estavam sofrendo de cloro ", acrescentou.

A Rússia, um dos mais leais partidários do regime de Bashar al-Assad, alertou contra novas ataques, dizendo que qualquer ato que pudesse "desestabilizar a já frágil situação na região" teria "graves consequências".    

"Sob nenhuma circunstância a França permitirá uma escalada ou qualquer coisa que possa prejudicar a estabilidade da região", disse Macron. "Mas não podemos deixar hoje os regimes que acreditam que tudo é permitido, especialmente as piores em contravenções do direito internacional, agirem", martelou o presidente francês.

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