Em represália à Trump, China sobretaxa 128 produtos americanos
A China respondeu nesta sexta-feira (23) às ameaças do presidente americano Donald Trump de dar início a uma guerra comercial com o país, ao anunciar a tarifação dos produtos chineses.
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O Ministério chinês do Comércio divulgou em um comunicado que Pequim não quer uma guerra comercial, mas, em represália, divulgou uma lista de produtos americanos passíveis de tarifas, totalizando cerca de US$ 3 bilhões. A China também exige uma resposta rápida do governo americano para evitar danos maiores às relações entre os dois países.
De vinho a alumínio reciclado
No total, são 128 produtos, divididos em dois grupos. O primeiro, que será taxado em 15%, inclui mercadorias como frutas, vinho, etanol e ginseng, que representaram quase US$ 1 bilhão em importações para a China em 2017.
O segundo grupo, que tem de carne de porco a alumínio reciclado, terá uma taxação de 25%, e respondeu por quase US$ 2 bilhões em importações no ano passado, segundo o ministério do Comércio chinês. A lista não inclui a soja, que totalizou US$ 14 bilhões em exportações dos Estados Unidos em 2017.
A China anunciou ainda que avalia ativar um procedimento contra as medidas americanas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Roubo de propriedade americana
O presidente americano, Donald Trump, decidiu nessa quinta-feira (22) impor tarifas aos produtos chineses para retaliar um suposto roubo de propriedade intelectual americana. A medida representa US$ 60 bilhões.
Anunciando como a "primeira de muitas" ações comerciais, Trump assinou a ordem que também deseja restringir o investimento chinês nos Estados Unidos. "Temos uma situação tremenda de roubo de propriedade intelectual acontecendo", disse Trump ao assinar a ordem comercial.
O representante comercial americano (USTR) Robert Lighthizer deve divulgar nas próximas duas semanas uma lista de produtos alvo das taxas. Em 2017, os Estados Unidos registraram um déficit comercial de US$ 333,2 bilhões com a China.
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