Kim Jong-un está "avaliando" possível encontro com Trump, diz ministra sul-coreana
O líder norte-coreano Kim Jong-un está "examinando a situação" após a decisão "extremamente corajosa" do presidente americano Donald Trump de aceitar um encontro histórico entre ambos, declarou a ministra sul-coreana das Relações Exteriores, Kang Kyung-wha, em um entrevista publicada neste domingo (18) nos Estados Unidos.
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Pyongyang ainda não respondeu publicamente ao presidente americano, que surpreendeu até a seus próprios diplomatas ao aceitar o convite para o encontro. "Acreditamos que o dirigente norte-coreano está examinando a situação. Nós damos a ele o benefício da dúvida, e o tempo que poderia precisar para enviar uma mensagem pública", disse a ministra sul-coreana à rede de televisão americana CBS no domingo (18).
Negociações para definir detalhes do encontro
Negociações entre oficiais da Coreia do Norte e da Suécia, país que representa os interesses americanos em Pyongyang, foram concluídas no sábado em Estocolmo sem um anúncio concreto sobre a possível reunião entre Trump e Kim. No entanto, um alto diplomata norte-coreano chegou neste domingo à Finlândia para reunir-se com representantes americanos e sul-coreanos a fim de concretizar os planos de encontro entre os dois presidentes e discutir o programa nuclear norte-coreano.
Até o momento não se definiram data ou local para a possível cúpula, e a Coreia do Norte sequer confirmou sua participação no encontro. No entanto, Kang Kyung-wha estima que "um canal de comunicação" foi estabelecido. "Estou certa de que há uma troca de mensagens", acrescentou. "Mas acho que o líder norte-coreano precisaria de tempo devido à rapidez com que o presidente Trump aceitou o convite ao diálogo. Acho que todos fomos bastante surpreendidos pela rapidez dessa decisão", reconheceu antes de elogiar a resposta do presidente americano. "Acho que foi uma decisão extremamente corajosa por parte do presidente Trump", afirmou.
Promessa de Kim tem grande peso, diz ministra sul-coreana
A ministra ressaltou que o dirigente norte-coreano se comprometeu a discutir a desnuclearização do país e afirmou que suspenderia todos os testes nucleares e balísticos até que o encontro acontecesse. "Essa é uma promessa de peso, já que é a primeira vez que ela veio diretamente do líder norte coreano, o que nunca aconteceu antes," afirmou Kang. Ela diz ainda que nada foi oferecido aos norte-coreanos como recompensa pelo diálogo.
Perguntada se a Coreia do Sul confiava em Kim, Kang disse: "Não é uma questão de confiança. É uma questão de discutir e pressionar por ações. E uma vez que você vê essas ações, então você pode continuar avançando."
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