Inventor dinamarquês acusado de morte de jornalista sueca se diz inocente
O inventor dinamarquês Peter Madsen, acusado pela morte em agosto de 2017 da jornalista sueca Kim Wall, se declarou inocente do assassinato na abertura do julgamento, que começou nesta quinta-feira (8).
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De óculos escuros e camiseta, Peter Madsen, que havia admitido à Justiça ter jogado o corpo da jornalista no mar, manteve-se em silêncio na audiência no tribunal de Copenhague, mas sua advogada confirmou à Corte que manterá sua linha de defesa: Kim Wall teria morrido acidentalmente dentro do submarino do inventor, de fabricação caseira.
O julgamento desta quinta-feira começou às 9h30, pelo horário local, na presença dos pais e amigos da vítima, além de inúmeros jornalistas dinamarqueses e estrangeiros.
O promotor Jakob Buch-Jepsen em seguida expôs os fatos macabros do caso. Ele deverá pedir a prisão perpétua para Peter Madsen, também é acusado de atentado à integridade de um cadáver e de agressão sexual.
Durante os 12 dias de audiências do julgamento, que vai até o dia 25 de abril, o tribunal tentará compreender a personalidade do acusado e as circunstâncias da tragédia.
Causa da morte não foi explicada
A jornalista independente sueca, de 30 anos, havia embarcado com o enigmático criador do "Nautilus" para fazer uma entrevista. Detido após o desaparecimento de Kim Wall, o inventor de 47 anos confessou durante um interrogatório que mutilou o corpo e o jogou no mar, mas negou o assassinato.
A autópsia não permitiu determinar as causas da morte de Kim Wall, cujo corpo decapitado, desmembrado e mutilado foi encontrado em vários pontos da baía do rio Køge, que separa a Dinamarca da Suécia. Madsen afirma que é inocente e alega que a jornalista sofreu um acidente a bordo.
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