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Coreia do Norte/Coreia do Sul

Coreias confirmam reaproximação e devem realizar cúpula conjunta

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, discutiu com a delegação sul-coreana que esteve em Pyongyang, nesta segunda-feira (5), a possibilidade de organizar uma cúpula entre os dois países. Este é mais um sinal de apaziguamento entre o Norte e o Sul, que iniciaram uma aproximação durante os Jogos de Inverno de Pyeongchang, em fevereiro.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, cumprimenta Chung Eui-yong, que comanda a delegação sul-coreana de 10 membros, em Pyongyang, Coréia do Norte, 6 de março de 2018.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, cumprimenta Chung Eui-yong, que comanda a delegação sul-coreana de 10 membros, em Pyongyang, Coréia do Norte, 6 de março de 2018. The Presidential Blue House/Yonhap via REUTERS
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Esta foi primeira vez em dez anos que membros importantes do governo sul-coreano atravessaram a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. Nesta terça-feira (6), a agência estatal norte-coreana KCNA divulgou alguns detalhes sobre o encontro de ontem.

De acordo com a KNCA, Kim deu "calorosas boas-vindas" aos funcionários sul-coreanos, que lhe entregaram uma carta do presidente Moon Jae-In. O líder norte-coreano também "teve uma conversa honesta com a delegação de enviados especiais do Sul sobre os problemas relacionados à melhora efetiva das relações Norte-Sul e às garantias de paz e estabilidade na península coreana”.

A Coreia do Norte também se disse favorável à realização da cúpula proposta pelos sul-coreanos. Segundo o governo sul-coreano, o encontro já está praticamente confirmado. Além disso, os dois países devem abrir uma linha de comunicação direta e Pyongyang teria aceito suspender seus testes militares durante a reunião.

Diálogo com os americanos

A delegação sul-coreana espera lançar um diálogo entre os norte-coreanos e os Estados Unidos, que vêm ameaçando de intervir militarmente na região caso Kim Jong-Un continue a realizar testes nucleares e balísticos. O Norte também critica o Sul pelas manobras militares conjuntas feitas com os americanos.

Apesar da tensão, houve uma distensão das relações entre os dois países depois que a irmã do ditador norte-coreano, Kim Yo Jong, compareceu aos Jogos de Pyeongchang. A visita de Kim Yo Jong foi a primeira de um membro da dinastia no poder no Norte desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953). Ela aproveitou a ocasião para convidar o presidente Moon a uma cúpula em Pyongyang.

Os Jogos proporcionaram "um bom ambiente para a reconciliação, a unidade e o diálogo entre o Norte e o Sul", declarou Kim Jong-Un à delegação visitante, segundo a KCNA. O presidente sul-coreano tentou aproveitar os Jogos de Pyeongchang para abrir um diálogo entre Pyongyang e Washington com a esperança de diminuir as tensões na península da Coreia.

"Prevemos discussões sobre as formas de prosseguir não somente no diálogo intercoreano, como também no diálogo entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos", declarou antes de viajar a Pyongyang o conselheiro de Moon para a Segurança Nacional, Chung Eui-Yong, que lidera a delegação sul-coreana de 10 membros.

A Coreia do Norte, isolada e empobrecida, desafiou no ano passado as sanções da ONU e realizou seu teste nuclear mais potente até hoje, além de lançar vários mísseis capazes de alcançar o território continental americano. Nesta quarta-feira (7), a delegação sul-coreana viajará a Washington para relatar suas discussões.

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