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Arábia Saudita

Mulheres sauditas já podem abrir empresas sem autorização de tutor masculino

A partir de agora, as mulheres sauditas poderão criar suas próprias empresas sem solicitar o consentimento de um tutor masculino. A medida foi anunciada neste domingo (18) pelo governo, com o objetivo de estimular a atividade no setor privado.

Sauditas caminham nas ruas de Riad, a capital do país, em 12 de fevereiro de 2018.
Sauditas caminham nas ruas de Riad, a capital do país, em 12 de fevereiro de 2018. Faisal Al Nasser/Reuters
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O comunicado publicado no site do Ministério do Comércio e do Investimento também informa que as sauditas podem se beneficiar dos serviços online [do governo], sem ter que demonstrar o consentimento de um tutor. Antes, para efetuar um procedimento administrativo, as sauditas eram obrigadas a pedir autorização para um homem - normalmente, o marido, o pai ou um irmão -, ficando dependentes da boa vontade deles.

O príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, 32 anos, lançou uma série de reformas no ano passado para estimular a participação das mulheres na vida pública e elevar a mão de obra feminina de 22% para mais de 30% até 2030.

No ano passado, o reino decidiu que as mulheres poderão dirigir veículos a partir de junho de 2018. Em outro sinal de abertura, elas podem desde janeiro frequentar os estádios de futebol.

Milhares de candidaturas femininas

Em 12 de fevereiro, a Procuradoria de Riad anunciou sua intenção de recrutar mulheres pela primeira vez. O departamento de emissão de passaportes declarou ter recebido 107 mil candidaturas de sauditas interessadas em 40 vagas abertas nos aeroportos e postos de fronteira.

Apesar disso, elas ainda enfrentam inúmeras restrições. Por causa do sistema de tutela masculina, precisam da permissão de um homem de sua família para estudar ou para viajar, entre outras atividades.

Essa dominação masculina, que parece de outra era para mulheres ocidentais, ainda é comum no mundo árabe, onde as sociedades são patriarcais. O caso da Arábia Saudita representa o que existe de mais retrógrado em desigualdade de gênero.

Com informações da AFP

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