Rússia confirma morte de piloto de avião derrubado na Síria
Moscou confirmou na noite de sábado (3) a morte de um piloto russo na província de Idlib, no norte na Síria. O aparelho Soukhoï SU-25 sobrevoava a cidade de Maasran, quando foi derrubado por jihadistas.
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Segundo o Ministério russo da Defesa, quando o avião foi atingido pelos disparos dos jihadistas, o piloto conseguiu se ejetar de paraquedas. Ao tocar o solo, foi cercado pelos rebeldes islâmicos, sacou sua arma e foi morto a tiros.
O governo russo afirma que o piloto foi abatido por combatentes da Frente al-Nosra, ligado à Al-Qaeda. Já a Ong Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) diz que não é possível confirmar a informação, reiterando que a região do incidente é dominada pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham. A milícia reivindicou o ataque, mas não citou o piloto.
De acordo com o o OSDH, a aeronave derrubada participava de um ataque da Rússia contra a região. "Houve dezenas de bombardeios russos naquela área nas últimas 24 horas. Esse avião era um dos que atacavam", explicou o diretor da Ong, Rami Abdel Rahmane.
Ofensiva tenta retomar Idleb
Forças do regime sírio, apoiadas pela Rússia, lançaram uma vasta ofensiva, no fim de dezembro passado, para reconquistar a província de Idlib, região ainda dominada por rebeldes e grupos jihadistas. Grupos de insurgentes sírios conseguiram derrubar aviões do regime no passado, mas as aeronaves russas voam a altitudes superiores e são raramente atingidas.
De acordo com moradores, os bombardeios russos deste fim de semana mataram ao menos cinco civis em Idlib e obrigaram milhares de pessoas a fugir da região. A população síria, que contesta o regime de Bashar al-Assad, considera a Rússia uma invasora e a culpa pela morte de milhares de civis desde que se aliou a Damasco, em 2015.
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