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Petroleiro iraniano em chamas no Mar da China pode explodir

Um navio petroleiro iraniano em chamas no Mar da China pode explodir ou afundar, segundo informações das autoridades chinesas nesta segunda-feira (8), em meio a receios crescentes de um grande desastre ambiental.

O petroleiro Sanchi, com 136 mil toneladas de combustível a bordo, pegou fogo no sábado (6) à noite depois de colidir com um navio de carga chinês.
O petroleiro Sanchi, com 136 mil toneladas de combustível a bordo, pegou fogo no sábado (6) à noite depois de colidir com um navio de carga chinês. China Central Television (CCTV) via REUTERS TV
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O petroleiro Sanchi, com 136 mil toneladas de combustível a bordo, pegou fogo no sábado (6) à noite depois de colidir com um navio de carga chinês. O acidente ocorreu a cerca de 300 quilômetros de Xangai (no leste da China).

O incêndio continuava no navio-tanque nesta segunda-feira (8) de manhã, segundo o Ministério dos Transportes chinês. De acordo com o órgão, o resgate, que tentava ajudar a tripulação de 30 iranianos e dois marinheiros de Bangladesh, foi repelido pelas nuvens tóxicas. O petroleiro, de 274 metros de comprimento, "pode ​​explodir ou afundar", disse a fonte.

Um primeiro corpo não identificado foi encontrado, segundo informações do chanceler chinês. "O ambiente e as condições no mar não são propícios às operações de busca e salvamento", disse ele em uma coletiva de imprensa. "Agora estamos tentando evitar outro desastre", afirmou, referindo-se a vazamentos de petróleo no mar.

O corpo foi encontrado a poucos quilômetros do petroleiro, mas "não pôde ser facilmente identificado", disse Alireza Irvash, uma funcionária do consulado iraniano em Xangai. O petroleiro se dirigia à Coréia do Sul e pertence à National Iranian Tanker Company (NITC), operadora que administra a frota de petroleiros do Irã, segundo o Ministério do Petróleo iraniano.

Catástrofe ecológica

Segundo o Ministério do Petróleo do Irã, a carga consistia em produtos destinados à empresa sul-coreana Hanwha Total (uma joint venture entre a francesa Total e o conglomerado sul-coreano Hanwha). O navio e a sua carga possuem seguro, disseram as autoridades iranianas, mas especialistas em Meio Ambiente já estão preocupados com uma possível catástrofe ecológica.

A organização ambiental Greenpeace declarou que estava "preocupada com os potenciais danos ambientais causados ​​pelo milhão de barris de petróleo bruto a bordo". Se toda a carga do petroleiro for descarregada no mar, “seria um dos piores derrames de petróleo nas últimas décadas”, disse a Ong.

Para Wei Xianghua, cientista ambiental da Universidade Tsinghua, em Pequim: "é muito provável que o vazamento destrua toda a vida marinha em uma vasta área", Mesmo no melhor dos casos, um retorno ao normal levará "muito tempo", concluiu o especialista.

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