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A Semana na Imprensa

Como o mundo comemora a passagem do ano?

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Vestir-se de branco e pular sete ondinhas à meia noite? Aparentemente esse costume se restringe apenas aos brasileiros. Para dar uma ideia da diversidade de rituais de passagem de ano, a revista semanal do jornal econômico Les Echos fez uma seleção ao redor do mundo.

Ano novo em Paris.
Ano novo em Paris. Lili Rahmati/Flickr
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Os moradores do hemisfério norte não temem o frio e nem poderiam. Muitos países praticam o mergulho em águas geladas no primeiro dia do ano. Les Echos traz como exemplo uma tradição canadense que começou no lago Ontario nos anos 1920, o “polar bear swim”, ou seja, o nado do urso polar. Perfeito, segundo o artigo, para despertar, acabar com a ressaca ou se preparar para os desafios futuros.

 

Já os espanhóis precisam comer uma uva a cada badalada do novo ano. A maioria gosta de fazer isso em público, como na Puerta del Sol, em Madri, que fica apinhada de uvas e de gente no réveillon. Parece simples, mas muitos treinam antes da hora “H”. E ai de quem se engasgar, pois é azar para todo o ano que chega. A origem da festa nem é tão histórica ou romântica, mas puramente comercial, pois foi uma estratégia de vinicultores de Alicante para escoar o excedente da safra de 1909.

 

Os chineses, conta Les Echos, vão comemorar a passagem do ano um pouco mais tarde, em 16 de fevereiro de 2018. O costume local, datando da dinastia Qin, do século III a.C., preconiza a troca de envelopes vermelhos contendo dinheiro. O objetivo é espantar espíritos maus que podem deixar crianças doentes. Em tempos cibernéticos, milhões de envelopes são hoje enviados e recebidos via WeChat, um aplicativo bastante popular no país.

Amor escarlate

Os italianos provam que são românticos desde sempre. A tradição manda que toda a roupa íntima, seja calcinha, sutiã ou cueca, seja em cor vermelha na última noite do ano. É garantia de sorte no amor, isso desde a Antiguidade romana. Outra condição é a de seguir o provérbio “Chi non fa l’amore a capodanno, non fa l’amore tutto l’anno”. Tradução: quem não fizer amor no começo do ano, não vai fazer amor o resto do ano. Portanto, o interesse é grande em seguir as regras e, muito importante, jogar fora a roupa íntima escarlate pela manhã. Os mais pudicos, ou as comemorações em família, podem se contentar com um prato de lentilhas com salsicha, o cotechino. As lentilhas simbolizam moedas, ou seja, quanto mais se come, mais prosperidade se alcança.

Na Alemanha, as resoluções, os sonhos e esperanças se traduzem por meio de fogos de artificio assim que o novo ano entra em vigor, um costume herdado da Idade Média. Muito barulho, muitas luzes e muita fumaça para comemorar a data em todo o país. Infelizmente, os serviços de pronto-socorro também ficam sobrecarregados no primeiro dia de janeiro com os casos de queimaduras de todos os graus.

O Japão é do time que preza uma tradição gastronômica que data da era Heian (793-1185). O “mochi” é um bolinho de arroz que envolve uma longa preparação, que faz parte da festa: o arroz especial é cozido e depois sovado com pilões de madeira gigantes. A massa viscosa é transformada em bolotas, que podem ser acrescentadas a sopas ou grelhadas. Os japoneses consomem cerca de 1kg de mochi ao ano, principalmente no começo de janeiro.

 

 

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