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Jerusalém/capital

“Jerusalém é capital dos judeus, sempre foi e sempre será”, diz prefeito

A decisão de Donald Trump de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital de Israel tem provocado reações no mundo todo. O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir em caráter de urgência nesta sexta-feira (8) para discutir o assunto.

Em Gaza, palestinos pisam no retrato de Donald Trump.
Em Gaza, palestinos pisam no retrato de Donald Trump. © AFP/MOHAMMED ABED
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O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, não esconde o entusiasmo. Ele declarou ao correspondente da RFI em Israel, Guilhem Delteil :

“Se você escavar o solo de Jerusalém, vai encontrar raízes judias, que datam de três mil anos. A cidade de Jerusalém é a capital do povo judeu desde sempre, sempre foi, sempre será. Os vizinhos ao redor precisam reconhecer isso, a fim de promover a paz verdadeira entre os povos. Reconhecimento dos laços históricos de Jerusalém com o povo judeu é parte da realidade em que vivemos e Jerusalém vai ser sempre a capital do povo judeu.”

Mensagem de Trump aos palestinos

O estatuto de Jerusalém deve ser decidido por uma "negociação direta" entre israelenses e palestinos, havia dito mais cedo o secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterando que sempre foi "contra qualquer medida unilateral".

"Não há iniciativa à solução de dois Estados" com "Jerusalém como capital de Israel e Palestina", acrescentou o chefe das Nações Unidas após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital do Estado judeu.

Para Yariv Oppenheimer, da ONG israelense Peace Now (Paz Agora), Trump “está dizendo aos palestinos que eles não têm espaço em Jerusalém”. E acrescentou, em declaração à RFI:

“Jerusalém é a questão mais sensível entre israelenses e palestinos, entre judeus e muçulmanos. É preciso ter cuidado. Espero que os palestinos não iniciem novos confrontos com Israel. Depois de dizer que Jerusalém é de Israel, sem dizer que Jerusalém é também capital da Palestina, essa declaração pode criar uma situação em que o mundo árabe não vai poder ver os Estados Unidos como um medidor confiável. E ao adotar a agenda israelense, Trump está dizendo aos palestinos que eles não têm um parceiro na Casa Branca.”

“É uma decisão muito grave, uma potência como os Estados Unidos está violando todas as regras do direito internacional e as resoluções do conselho de segurança da Assembleia geral”, declarou Leila Shaid, ex-embaixadora da Palestina na União Europeia, à RFI. “Nenhum país do mundo reconhece Jerusalém como capital unicamente de Israel”, acrescentou.

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