Terremoto deixa mais de 300 mortos no Irã e Iraque
As equipes de resgate iranianas trabalhavam nesta segunda-feira (13) para encontrar sobreviventes do terremoto de 7,3 graus de domingo à noite que atingiu o oeste do país e também várias regiões iraquianas, provocando a morte de pelo menos 344 pessoas e deixando milhares de feridos.
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O tremor, um das maiores tragédias da história do Irã, deixou mais de 2.500 feridos na província de Karmanshah, na fronteira com o Iraque. No país vizinho, o terremoto deixou oito mortos e 321 feridos.
O epicentro do tremor foi localizado pela agência sismológica iraniana no território do Irã, muito perto da fronteira, 50 km ao norte de Sar-e Pol-e Zaham, a cidade mais afetada pelo terremoto, onde morreram 236 pessoas.
O terremoto foi sentido em todas as províncias do Iraque. Na capital Bagdá durou quase 20 segundos. De acordo com o site do Instituto de Geofísica da Universidade de Teerã, o tremor foi seguido por centenas de tremores secundários, os mais fortes de até 4,7 graus na escala Ritcher.
Mulher e bebê são resgatados com vida
Segundo a imprensa iraniana, uma mulher e um bebê foram resgatados com vida entre os escombros nesta segunda-feira. A televisão exibiu imagens gravadas durante a noite em Sar-e Pol-e Zahab que mostram edifícios de cinco ou seis andares com as fachadas destruídas, mas cujas estrituras resistiram ao tremor.
Fotografias da agência Isna mostram carros esmagados após o desabamento de muros na cidade. Outra imagem mostra alguns moradores enrolados em cobertores ao redor de uma fogueira em um terreno baldio.
O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou aos governos e às forças de segurança que mobilizem todos os recursos para ajudar a população. Os ministros da Saúde e do Interior e o comandante das Forças Armadas e o chefe da Guarda Revolucionária viajaram à região para supervisionar as operações de resgate.
As autoridades distribuíram barracas, cobertores, alimentos e água em diversas cidades. As escolas permanecerão fechadas nesta segunda-feira em várias províncias iranianas próximas da fronteira com o Iraque afetadas pelo terremoto.
Os tremores são frequentes no Irã. Em 2003, um terremoto na cidade de Bam, província de Kerman (sudeste do Irã) matou 31.000 pessoas e a cidade ficou praticamente destruída. Em abril de 2013, dois terremotos foram registrados no Irã, com poucos dias de intervalo, de magnitude 6,6 e 7,7, o mais forte no país desde 1957.Os tremores deixaram 40 mortos no Irã e um número similar no Paquistão.
Em junho de 1990, um terremoto de 7,4 graus no Irã, perto do mar Cáspio, no norte deixou 40.000 mortos e mais de 300.000 feridos, além de meio milhão de desabrigados. Em poucos segundos, uma superfície de 2.100 quilômetros quadrados, onde ficavam 27 cidades e 1.871 vilarejos nas províncias de Ghilan e Zandjan, ficou devastada.
(Com informações da AFP)
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