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Crise/Golfo

Liga árabe convoca reunião de emergência a pedido da Arábia Saudita

Os líderes diplomáticos dos países árabes se encontrarão "com urgência" na sede da Liga Árabe, a pedido da Arábia Saudita, para discutir as "violações" do Irã na região, segundo informações deste domingo (12) de fontes da diplomacia local.

O rei da Arábia Saudita, alman bin Abdulaziz Al Saud, e seu filho, o príncipe Mohammed bin Salman, em 8 de novembro de 2017.
O rei da Arábia Saudita, alman bin Abdulaziz Al Saud, e seu filho, o príncipe Mohammed bin Salman, em 8 de novembro de 2017. Saudi Press Agency/Handout via REUTERS
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A reunião acontecerá no próximo domingo (19) num contexto de escalada verbal entre os dois principais rivais no Oriente Médio, Arábia Saudita e Irã, e à medida que cresce a instabilidade política no Líbano após a demissão surpresa do primeiro-ministro, Saad Hariri, e a declaração deste sábado (11), do presidente libanês Michel Aoun, de que os sauditas teriam “sequestrado” o premiê libanês.

De acordo com um documento interno enviado à agência AFP por diplomatas árabes, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos apoiaram o pedido da Arábia Saudita, também aprovado por Djibouti, que detém a presidência rotativa da organização árabe baseada no Cairo.

O pedido da Arábia Saudita foi motivado pelo disparo do míssil em 4 de novembro pelos rebeldes iemenitas Houthi, apoiados pelo Irã, e interceptados pelos sauditas perto da capital, segundo a fonte.

Brincando com fogo

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, acusou Teerã de "agressão militar direta" contra seu país. O Irã negou qualquer envolvimento, pedindo que a Arábia Saudita “não brinque com fogo”.

Para convocar a reunião extraordinária no Cairo, Riad também mencionou o incêndio de um oleoduto que interrompeu momentaneamente o suprimento de petróleo saudita por parte do Bahrain no sábado. Manama, um aliado da Arábia Saudita, denunciou um "ato de sabotagem (...) e terrorismo" por parte do Irã, que também negou.

"As violações cometidas pelo Irã na região árabe prejudicam a segurança e a paz, não só na região árabe, mas no mundo", de acordo com o memorando.

Desde 5 de junho, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito cortaram todos os laços diplomáticos com o Catar, acusando-o de "apoiar o terrorismo" e se aproximando do Irã.

Enquanto isso, a Arábia Saudita tem sido acusada desde a semana passada de ter provocado a demissão do primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, supostamente detido, segundo o presidente libanês Michel Aoun, na capital saudita.

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