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Manifestação após condenação de guru deixa saldo de mortos na ĺndia

Pelo menos 22 pessoas morreram nesta sexta-feira (25) no norte da Índia durante violentas manifestações depois que um guru foi condenado pelo estupro de duas seguidoras, segundo informou a polícia local.

Conhecido como "Guru Fashion", por causa de sua inclinação por roupas e jóias, o guru indiano de 50 anos, condenado por estupro, comanda a seita Dera Sacha Sauda.
Conhecido como "Guru Fashion", por causa de sua inclinação por roupas e jóias, o guru indiano de 50 anos, condenado por estupro, comanda a seita Dera Sacha Sauda. Reprodução Twitter
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"Há pelo menos 22 mortos e muitos feridos. Tentamos recuperar o controle da situação", afirmou uma fonte da polícia local. Milhares de pessoas se reuniram em Panchkula quando um tribunal especial declarou culpado o o chefe espiritual Gurmeet Ram Rahim Singh pelo estupro de duas mulheres.

Segundo um jornalista da agência AFP, presente no local, os policiais lançaram gás lacrimogênio e usaram jatos de água para afastar a multidão que jogava pedras e atacou os carros da televisão, chegando a virar um deles.

"O tribunal declarou culpado (Gurmeet) Ram Rahim Singh por esutpro", confirmou o promotor Harinder Pal Singh Verma, depois de uma audiência a portas fechadas. A pena do guru será anunciada no dia 28 de agosto, segundo a imprensa local.

O guru, que conta com inúmeros seguidores no estado de Haryana (norte), onde dirige uma corrente espiritual, afirma ter milhões de adeptos no mundo todo. Na véspera do veredicto, as autoridades indianas reforçaram a segurança na região, mobilizando 15 mil soldados por causa da afluência de manifestantes fieis ao líder espiritual.

Guru fashion

Conhecido como "Guru Fashion", por causa de sua inclinação por roupas e jóias, o guru de 50 anos comanda a seita Dera Sacha Sauda. Em 2002, uma carta anônima foi enviada ao ex-primeiro-ministro indiano, Atal Bihari Vajpayee, na qual uma mulher acusava o criminoso de estupro, assim como outros seguidores de culto.

Levaram anos para o Escritório Central de Investigações (CBI) encontrar as supostas vítimas. Foi apenas em 2007 que duas mulheres finalmente apresentaram uma queixa.

Não é a primeira vez que Gurmeet Ram Rahim Singh se encontra no meio de uma controvérsia. Em 2015, ele foi acusado de encorajar 400 de seus discípulos a sofrer uma castração, supostamente para se aproximar de Deus. Ele também foi investigado no passado por sua relação com o assassinato de um jornalista, em 2002.

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