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Linha Direta

Chineses vão à praia mascarados para se proteger do sol

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A China vive o verão mais quente em muitos anos. A onda de calor mostra as saídas dos chineses para se refrescar e expõe a sua difícil relação com o sol. É nessa época do ano que surgem os polêmicos facekinis, máscaras feitas de diversos materiais usadas pelos chineses na rua ou na praia, as mangas postiças, sombrinhas com filtro solar e até o chamado Beiijng Bikini, como ficou conhecida a prática de homens na capital de levantar as camisas até deixar a barriga de fora. Tudo por um ar mais fresco.

O facekini, máscara de tecido para cobrir o rosto do sol, volta com tudo e com novos modelos neste verão chinês.
O facekini, máscara de tecido para cobrir o rosto do sol, volta com tudo e com novos modelos neste verão chinês. AFP PHOTO / FRED DUFOUR FRED DUFOUR / AFP
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Vivian Oswald, correspondente da RFI em Pequim.

As temperaturas bateram os 40 graus em alguns dias em Pequim. Há uma onda de calor passando pelo norte, leste e centro do país, com os termômetros marcando temperaturas acima de 30 graus. Xangai registrou um recorde de 40,9 graus há três semanas. Foi a temperatura mais alta em 145 anos. As autoridades emitiram o alerta para o calor. Pedem as pessoas que se protejam e bebam muita água, sobretudo os idosos.

Os estranhos "facekinis"

Os chineses têm horror a tomar sol. Se cobrem dos pés à cabeça em motos, andando na rua e até mesmo na praia. O bronzeado com o qual os europeus sonham e que os brasileiros acham que é cara de saúde, para os chineses, nada mais é do que sinal de pobreza. As peles mais tostadas, para eles, são de membros da classe operária, gente que trabalha na rua.

Na praia, usam o facekini, estranhas máscaras de tecidos e cores variadas. Deixam apenas os olhos, a ponta do nariz e a boca de fora. Este ano, tem uma novidade em matéria de facekini. São as versões em porcelana, certamente mais caros e mais chiques. Existem ainda protetores solares e cremes que deixam a pele mais branca e são muito populares.

Não apenas na China. Em outros países asiáticos também. Os filtros solares de uma grande marca japonesa deixam a pela bronzeada na Europa e bem branca na Ásia.

Vale tudo para se proteger do sol

Nos centros urbanos, usam mangas de camisa postiças, chapéus e até umas viseiras de acrílico negras que cobrem o rosto todo. Ontem vi uma mulher em uma lambreta elétrica que usava um capacete com aquela cobertura de acrílico para os olhos bem escura e uma viseira de tecido.

Por dentro do capacete. Aqui em Pequim, eu já vi em Xangai também, muitos homens enrolam a camisa até deixar a barriga toda de fora. É o que os estrangeiros sobretudo chamam de "Beijing Bikini.

Eles não têm o hábito de tirar a camisa, como a gente vê no Brasil, embora eu já tenha visto também. Muita gente usa chapéu e troca os guarda-chuvas por umas sombrinhas com uma camada espessa de filtro solar.

Tem bicicleta e tuque-tuque com essas sombrinhas instaladas. Tem gente que instala aqueles mini-ventiladores movidos a luz solar no guidon das bicicletas. E, claro, os leques vão para as ruas. Em Chongqing, uma das maiores cidades da China, um homem desenvolveu um chuveiro portátil para se refrescar. A China tem dessas coisas.

Apesar de tudo, as praias continuam lotadas

As praias ficam repletas. A de Qingdao, que é mais perto de Pequim é impressionante. Recentemente, umas fotos feitas das ondas humanas ficaram virais na internet. Pode-se ver aquela massa humana se movimento com a onda.

Não há espaço entre as pessoas na água com as suas boias. Mas eles estão acostumados com muita gente, não é? Afinal, trata-se de em um país de 1 bilhão e quatrocentas milhões de pessoas.

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