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Guerra

Iraque anuncia vitória contra jihadistas do Estado Islâmico em Mossul

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, proclamou neste domingo (9) a vitória de seu exército em Mossul, cidade "libertada" após uma batalha de quase nove meses contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI). Abadi "chega à cidade libertada de Mossul e felicita os combatentes heróicos e o povo iraquiano por esta importante vitória", indica um comunicado do governo.

A cidade antiga de Mossul ficou em ruínas após a ofensiva contra os jihadistas do EI.
A cidade antiga de Mossul ficou em ruínas após a ofensiva contra os jihadistas do EI. REUTERS/Stringer
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A reconquista da segunda maior cidade do Iraque, ao final da ofensiva lançada em outubro, é um marco para as tropas iraquianas. A vitória iminente das forças iraquianas sobre os extremistas havia sido anunciada no sábado (8) pelo general americano Robert Sofge. Os últimos combatentes sunitas estavam cercados em dois quarteirões da cidade antiga de Mossul. A organização terrorista controlava a cidade desde junho de 2014.

Segundo Sofge, os jihadistas estavam "desesperados", tentando fugir da morte. Nos últimos dias, eles rasparam as barbas e se misturaram aos civis na esperança de não serem identificados.

Os jihadistas deixam para trás um rastro de bombas escondidas em quase todos os edifícios e instalações que ocuparam. O general Sofge disse que bombas foram encontradas até embaixo de berços.

A ofensiva, lançada no dia 17 de outubro pelas forças iraquianas, contou com o apoio decisivo dos ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. A campanha militar provocou, no entanto, uma crise humanitária maior, devido à fuga de milhares de civis, segundo a ONU. 

Dimensão simbólica

Mossul tinha uma dimensão simbólica para o EI: foi nesta cidade que o líder da organização, Abu Bakr al-Baghdadi, fez seu único discurso público em julho de 2014, depois de proclamar um "califado islâmico" em áreas do Iraque e da Síria.

A reconquista de Mossul não representa o fim da guerra contra o grupo ultrarradical, responsável por atrocidades contra as populações das zonas sob seu controle e atentados terroristas em várias regiões do mundo. O EI ainda controla algumas zonas no Iraque, no centro e no leste da Síria. Combatentes estão cercados atualmente na cidade síria de Raqa por tropas apoiadas por Washington.

 

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