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Arábia Saudita e aliados ameaçam novas sanções contra o Catar

A Arábia Saudita e seus aliados decidiram manter o boicote econômico e diplomático imposto ao Catar que já dura um mês. Após uma reunião no Cairo, nesta quarta-feira (5), os países árabes ameaçaram novas sanções se o Catar não mudar a sua política regional. Para Doha, os pedidos são considerados “irreais”.

Chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito se reuniram no Cairo, nesta quarta-feira (5).
Chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito se reuniram no Cairo, nesta quarta-feira (5). REUTERS/Khaled Elfiqi/Pool
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O encontro dos chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito aconteceu após o fim do ultimato estabelecido pelos quatros países para que o Catar aceitasse suas exigências.

De acordo com o ministro de relações exteriores da Arábia Saudita, Adel al Joubeïr, “novas sanções poderão ser tomadas contra Doha, respeitando as regras internacionais”.

Em um comunicado comum, o ministro egípcio, Sameh Choukry, disse que o boicote ao Catar é devido às “contínuas ingerências nas questões internas de outros países árabes”, uma alusão ao canal Al-Jazeera, que os aliados pedem o fechamento.

Um mês de boicote

Riad e seus aliados romperam no dia 5 de junho todas as relações diplomáticas com o pequeno emirado, rico em gás, que acusam de apoiar o terrorismo e de manter relações muito próximas com o Irã, grande rival da Arábia Saudita no Oriente Médio.

Os países também adotaram sanções econômicas contra o Catar, incluindo o fechamento de sua única fronteira terrestre. Para acabar com o conflito, os quatro aliados árabes enviaram uma lista de 13 pedidos, que deveriam ser atendidos até o dia 2 de julho, prazo que havia sido prorrogado por 48 horas.

Exigências da Arábia Saudita e aliados

Entre as várias medidas, estão o fechamento de uma base militar turca e do canal de televisão Al-Jazeera, que consideram muito agressivo, assim como um afastamento de Doha do Irã.

O Catar, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, respondeu às exigências, na segunda-feira (3), em uma mensagem enviada ao Kuwait, país que atua como mediador na crise.

Sem surpresa, a resposta foi “negativa”, segundo o chanceler egípcio Sameh Coukry. “Eu espero que a sabedoria irá prevalecer e Doha tomará a decisão correta”, concluiu Coukry.

Na terça-feira (4), o ministro das Relações Exteriores do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, já havia qualificado a lista de “irrealista e inaplicável".

Doha considera que os países vizinhos tentam usurpar sua soberania e interferir em sua política estrangeira.

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