Forças Democráticas Sírias iniciam ofensiva para retomar Raqqa
As Forças Democráticas Sírias (FDS), formadas por combatentes árabes e curdos e apoiadas por Washington, anunciaram nesta terça-feira (6) o início da "grande batalha" para retomar do grupo extremista Estado Islâmico (EI) seu principal reduto na Síria, Raqqa.
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"Declaramos hoje o início da grande batalha para libertar a cidade de Raqqa, a capital do terrorismo", declarou o porta-voz das FDS, Talal Sello, à imprensa na localidade de Hazima, ao norte de Raqqa. Na manhã desta terça-feira (6), a aliança árabe-curda atacou Raqqa a partir do norte, oeste e leste."Com os aviões da coalizão internacional e as armas de ponta que nos forneceram, vamos retomar Raqqa do Daesh", afirmou.
A coalizão fornece armas, apoio aéreo e por terra. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos confirmou a entrada das forças democráticas no setor, onde foram tomados vários prédios. De acordo com o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahmane, foram realizados vários ataques aéreos durante a noite para preparar o terreno.
Grupo EI utiliza civis como escudos humanos
O porta-voz da FDS pediu aos civis que se distanciassem das posições ocupadas pelos membros do grupo Estado Islâmico e do front. A cidade de Raqqa tem 300 mil habitantes, sendo que 80 mil deles já deixaram o local desde o início da guerra. As forças anti-jihadistas acusam o grupo Estado Islâmico de utilizar os civis como escudos humanos e de se misturarem à população.
O risco para os moradores que tentam deixar a cidade é grande. Muitos acabam sendo vítimas dos ataques aéreos da própria coalizão e da Rússia. De acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras, cerca de 800 pessoas chegam por dia no campo de refugiados de Aïn Issa, a cerca de trinta quilômetros do norte de Raqqa.
A situação no local é caótica, já que os comboios humanitários têm dificuldade para chegar à região.
A guerra na Síria, iniciada em 2011, já deixou mais de 320 mil mortos.
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