“Ameaça nuclear norte-coreana é real”, diz chefe da diplomacia americana na ONU
Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (28), o chefe da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson, afirmou que “todas as opções” devem estar disponíveis para responder à Coreia do Norte, que poderia, segundo ele, provocar um ataque nuclear contra a Coreia do Sul, o Japão e mesmo os Estados Unidos.
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"A ameaça de um ataque nuclear norte-coreano contra Seul ou Tóquio é real, e é provavelmente uma questão de tempo antes que a Coreia do Norte desenvolva a capacidade de atingir o território dos Estados Unidos", declarou Tillerson, que presidiu nesta sexta-feira (28) a reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Tillerson convocou ainda a China a usar seu “poder econômico” contra a Coreia do Norte. "Todos nós devemos fazer a nossa parte, mas a China representa 90% do comércio norte-coreano e possui uma influência econômica única em Pyongyang e seu papel é particularmente importante," pressionou o secretário norte-americano, na presença do seu homólogo chinês, Wang Yi.
O chefe da diplomacia da China defendeu o "diálogo" da ONU com a Coreia do Norte como "a única boa escolha" para tentar resolver a crise com Pyongyang sobre seus programas nucleares e de mísseis. "Definir pacificamente a questão nuclear da Península Coreana através do diálogo e da negociação é a única escolha certa, é realista e viável", declarou o ministro das Relações Exteriores chinês.
Wang Yi elogiou a "desnuclearização da península e a manutenção da não-proliferação nuclear internacional, necessária "para evitar o caos" na região. Sinal da urgência do assunto para os Estados Unidos, que possui territórios como o Havaí, ou sua própria costa ao alcance dos mísseis norte-coreanos, Tillerson declarou na sexta-feira (28) de manhã, na Rádio Pública norte-americana, que seu país não exclui um diálogo direto com o regime do líder Kim Jong-Un.
O regime comunista da Coreia do Norte tem multiplicado nos últimos anos seus lançamentos de mísseis balísticos e prossegue com testes nucleares subterrâneos, incluindo dois em 2016. Estes programas militares foram alvo de uma série de sanções da comunidade internacional e da ONU. De acordo com especialistas, essas medidas punitivas, no entanto, tiveram pouco impacto sobre Pyongyang.
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