Detentos palestinos iniciam greve de fome coletiva
Mais de mil palestinos detidos em penitenciárias israelenses iniciaram nesta segunda-feira (17) uma greve de fome coletiva, de acordo com a Autoridade Palestina, para protestar contra as más condições na prisão.
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O movimento foi lançado por Marwan Barghouthi, líder da segunda intifada e da resistência palestina à ocupação israelense, condenado à prisão perpétua. Segundo Amani Sarahneh, porta-voz do Clube dos Prisioneiros Palestinos, a ONG de referência nos territórios ocupados sobre a questão dos detentos, mais de 1500 prisioneiros estão se recusando a comer.
Entre as reivindicações estão a instalação de telefones públicos e de ar condicionado no local, o direito a mais visitas, o fim das "negligências médicas" e do isolamento, e o acesso a canais de TV.
De acordo com o porta-voz da Administração Penitenciária de Israel, Assaf Librati, "700 prisioneiros anunciaram domingo a intenção de iniciar uma greve de fome". Na manhã desta segunda-feira, informou, ainda não era possível saber quantos haviam aderido de fato ao movimento “porque poderiam decidir comer depois”. Mais de 6500 palestinos estão detidos nas prisões do país.
De acordo com o Clube dos Prisioneiros, "a Administração Penitenciária confiscou todos os bens que estavam nas celas dos grevistas e começou a transferir os detentos em greve para outras penitenciárias". Na última greve, em 2013, mais de 3000 detentos ficaram sem comer durante 24 horas para protestar contra a morte de um de seus companheiros.
Greve começou no “Dia dos Prisioneiros”
A greve de fome por tempo indeterminado teve início por ocasião do "dia dos prisioneiros", celebrado há mais de 40 anos pelos palestinos. Nesta segunda-feira, o movimento era destaque na imprensa palestina. Atualmente, mais de 6.500 palestinos, incluindo 62 mulheres e 300 menores de idade, estão detidos em Israel.
Quase 500 deles se encontram sob regime extrajudicial de detenção administrativa, o que permite uma prisão sem processo ou acusação. Além disso, 13 deputados palestinos, de diferentes partidos políticos, estão presos.
(Com Informações da AFP)
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