Acessar o conteúdo principal
Brasil-Mundo

Peregrinos brasileiros visitam Jerusalém para a Páscoa

Publicado em:

Milhares de peregrinos brasileiros estão em Jerusalém para a celebração da Páscoa, uma das datas mais importantes para o Cristianismo.

A Igreja de Todas as Nações, no Monte das Oliveiras (Jerusalém), onde fica o Jardim do Getsêmani, em 13 de abril de 2017.
A Igreja de Todas as Nações, no Monte das Oliveiras (Jerusalém), onde fica o Jardim do Getsêmani, em 13 de abril de 2017. Daniela Kresch
Publicidade

Daniela Kresch, correspondente da RFI em Jerusalém

De acordo com o Ministério do Turismo de Israel, 300 mil pessoas chegaram ao país desde o começo de abril, mais da metade para participar da Páscoa na Terra Santa.

Entre os fiéis está o médico curitibano Ezequiel Milani Machado, de 41 anos, que chegou com a família para conhecer os locais citados pela Bíblia. Ele conta como se sente ao pisar onde, segundo a tradição cristã, Jesus passou há quase dois mil anos.

“É uma emoção muito grande porque desde pequeno fui criado como católico, como cristão. E, para um cristão, estar na terra onde Jesus viveu, passou a sua Paixão, sua morte e também sua ressurreição, é uma emoção realmente muito grande”, diz Ezequiel. “Poder pisar, poder estar, poder tocar nos lugares em que Jesus passou, em que Jesus viveu, toca muito o coração”.

Interior da Igreja de Todas as Nações, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém.
Interior da Igreja de Todas as Nações, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Daniela Kresch

O médico visitou locais citados pelos evangelhos e que fazem parte da chamada “Trilha de Jesus”, uma rota de peregrinação que começa em Nazaré e passa pelo Mar da Galileia, Tiberíades e o Rio Jordão.

Mas chegou a Jerusalém na Quinta-feira Santa para acompanhar as celebrações dos dias mais solenes da Páscoa e do calendário cristão: a Paixão de Cristo, a crucificação e a ressurreição.

A catarinense Diumar da Silva, de 63 anos, também está na cidade para ver de perto as 14 estações da Via Dolorosa e a Igreja do Santo Sepulcro.

Emoção na Terra Santa

Ela não esconde o sentimento e a comoção de estar na Terra Santa. “Tem lugares que a gente vai e só chora aqui. A gente só tem vontade de chorar, de ver, sentir o sacrificio que Jesus fez por nós”, conta Diumar. “E você vê de perto, vê os lugares. Porque a gente está lá tão longe, a gente lê as passagens na Bíblia, mas a gente tenta visualizar, mas não é nem perto do que a gente possa pensar ou imaginar. É muito lindo”.

A guia turística Miri Henis no Jardim do Gestêmani, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, em 13 de abril de 2017.
A guia turística Miri Henis no Jardim do Gestêmani, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, em 13 de abril de 2017. Daniela Kresch

A guia de turismo carioca Miri Henis, de 61 anos, mora em Israel e há mais de três décadas recebe visitantes brasileiros nesta época do ano. Ela diz que há cada vez mais cristãos do Brasil visitando a Terra Santa, apesar da crise econômica.

Mas os brasileiros ainda são poucos em comparação com peregrinos de outros países, como Rússia, França e Grécia. Segundo Miri, os católicos ainda são os cristãos que mais visitam Jerusalém, mas o número de evangélicos está crescendo.

“Em termos financeiros, eu acho que a condição econômica da comunidade católica do Brasil é um pouquinho melhor, então eles têm vindo com mais frequência. Mas os evangélicos, eles têm a capacidade de poupar cada centavo para poder chegar na Terra Santa e realizar um sonho, porque é um sonho de todo cristão, independente de sua orientação religiosa, é o sonho de todo cristão pisar neste lugar. Eu acho que, quando um cristão consegue chegar aqui, é uma grande glória”, diz a guia turística.

Uma das atrações da Páscoa deste ano é a limpeza da Edícula, o local dentro da Igreja do Santo Sepulcro onde, segundo a tradição cristã, o corpo de Jesus foi depositado antes de ressurreição.

De agora em diante, será possível ver, do lado de fora da construção, através de uma janela, onde o corpo foi colocado. O local não era renovado há cerca de 200 anos. A obra de restauração durou dois anos e custou mais de US$ 4 milhões.

“Fzeram algo incrível que a gente, lamentavelmente, não pôde ver”, conta Miri Henis. “Eles abriram o sepulcro, o próprio sepulcro, que tem uma lápide em cima, para limpar também por dentro. Foi muito, muito especial. E agora, fecharam e reformaram toda a Edícula, que é uma construção que está ali já desde o século XVIII e eles reformaram essa Edícula. Ficou muito bonito”.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.