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Rússia/protesto

UE critica prisão de opositor russo Alexei Navalny em protesto

O opositor russo Alexei Navalny deve comparecer nesta segunda-feira (27) diante do tribunal de Justiça de Moscou, depois de ser preso neste domingo (26) durante uma manifestação contra a corrupção em todo o país. A UE criticou a ação do governo russo, que reagiu dizendo que o protesto era uma “provocação.”  

O opositor russo Alexeï Navalny, detido neste domingo por organizar protesto contra corrupção, chega a corte de Tverskoi em Moscou, onde deve ser julgado nesta segunda-feira(27).
O opositor russo Alexeï Navalny, detido neste domingo por organizar protesto contra corrupção, chega a corte de Tverskoi em Moscou, onde deve ser julgado nesta segunda-feira(27). REUTERS/Maxim Shemetov
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Alexei Navalny foi condenado a pagar uma multa de € 325 (cerca de R$ 1100) e ficará detido por 15 dias.

Essa foi uma das maiores manifestações contra Vladimir Putin desde seu retorno ao Kremlin em 2012. Os protestos, convocados por Navalny, reuniram dezenas de milhares de pessoas no país. Segundo o porta-voz de Navalny, Kira Iarmych, ele também pode ser indiciado pela Justiça por convocar uma manifestação que gerou desordem pública.

Pelo menos mil pessoas foram detidas, segundo a ONG OVD-Info, especializada no acompanhamento de manifestações. Dezenas de prisões ocorreram nas províncias. A polícia anunciou cerca de 500 detenções em Moscou e mais de 130 em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

O protesto ocorreu depois da publicação de um relatório que acusa o primeiro-ministro Dimitri Medvedev de estar à frente de um império imobiliário financiado por oligarcas. Essa investigação, apresentada com um vídeo, foi vista 11 milhões de vezes no YouTube, sem reação das autoridades.

Mais de 7 mil pessoas participaram do ato, um número considerado raro para uma manifestação não autorizada. Segundo o ministério do Interior, um policial foi hospitalizado depois que um manifestante o feriu na cabeça.

UE pede à Rússia que solte manifestantes

A UE pediu à Rússia a soltura imediata dos “manifestantes pacíficos” presos em diferentes cidades. De acordo com um comunicado do bloco, a ação da polícia durante as manifestações fere os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, associação e reunião pacífica, previstas na Constituição russa. O governo russo refutou as críticas europeias, dizendo que os protestos não passavam de “provocação.” O Kremlin também acusou os opositores “de pagarem adolescentes para participarem da manifestação”.
 

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