Presidente turco deseja que Parlamento restabeleça pena de morte
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste sábado (18) que espera que o Parlamento aprove o restabelecimento da pena de morte após o referendo de 16 de abril sobre a reforma constitucional. Essa consulta busca dar maiores poderes à figura presidencial.
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"As famílias dos mártires, as famílias de nossos heróis não devem se preocupar. Acredito, se Deus quiser, que o Parlamento fará o necessário no que se refere as suas exigências sobre a pena capital", disse Erdogan, acrescentando que "aprovaria o texto sem hesitar".
Desde o golpe de Estado fracassado de 15 de julho, o presidente repetiu em várias ocasiões que aprovaria o restabelecimento da pena de morte em caso de aprovação do arlamento. Ele havia sugerido em fevereiro, inclusive, um possível referendo sobra o tema.
"O que Hans e Georges nos dirão não nos interessa", acrescentou Erdogan, citando dois nomes que utiliza geralmente para se referir à Europa.
Manobra?
Os observadores se perguntam, no entanto, se estas declarações refletem uma verdadeira intenção ou se são apenas uma manobra antes do referendo.
Para vencer a consulta, cujo resultado se anuncia apertado, Erdogan precisa dos votos do eleitorado nacionalista, majoritariamente favorável ao restabelecimento da pena de morte para punir os crimes de natureza "terrorista".
A Turquia aboliu a pena de morte em 2004, uma das exigências vinculadas a sua candidatura para ingressar na União Europeia. Seu restabelecimento marcaria o fim das negociações de adesão.
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