Pelo menos 42 pessoas morrem após bombardeios aéreos no norte da Síria
Pelo menos 42 pessoas morreram, a maioria civis, durante ataques aéreos nesta quinta-feira (16) contra uma mesquita em uma aldeia no norte da Síria, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os bombardeios também fizeram cerca de uma centena de feridos.
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"Aviões não identificados bombardearam uma mesquita no oeste da província de Aleppo, no momento da oração, matando 42 pessoas, a maioria civis", declarou Rami Abdel Rahman , diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Socorristas no local tentavam extrair pessoas ainda presas sob os escombros da mesquita na aldeia de al-Jineh, localizada a 30 km a oeste da cidade de Aleppo. Vários civis se encontram desaparecidos. "Mais de 100 pessoas estão feridas", afirmou Abdel Rahman, confirmando que o número de mortos pode subir. A cidade se encontra sob o controle de grupos rebeldes.
De acordo com imagens divulgadas pelos rebeldes, a mesquita parece completamente destruída. Equipes de resgate tentam encontrar sobreviventes, ajudados por lanternas com o objetivo de vasculhar os escombros.
Cessar-fogo não durou
Um cessar-fogo apoiado pela Rússia, aliado do regime sírio, e pela Turquia, que apoia os rebeldes, entrou em vigor em dezembro 2016, mas a violência continua no país. O céu sírio continua repleto de aeronaves do regime, da Rússia, da Turquia e da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
A Rússia interveio militarmente apoiando o regime sírio em setembro de 2015. Moscou sempre negou as acusações de que seus ataques teriam matado civis na Síria. A coalizão internacional concentra seus ataques no grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e nos extremistas do Fateh al-Sham, ex-filial da Al Qaeda da Síria.
No dia anterior aos bombardeios, pelo menos 25 civis, incluindo 14 crianças, foram mortas em ataques na cidade de Idleb, controlada por rebeldes e jihadistas: a OSDH denuncia ataques "provavelmente russos."
A guerra na Síria entrou nesta quarta-feira (15) em seu sétimo ano, sem qualquer perspectiva de paz de curto ou médio prazo, e já fez mais de 320 mil mortos.
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