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Iraque/grupo EI

Forças iraquianas retomam aeroporto de Mossul do grupo EI

As forças iraquianas entraram nesta quinta-feira (24) no aeroporto de Mossul pela primeira vez desde que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu o controle da região, em 2014.

Exército iraquiano lança roquetes contra militantes do E.I durante batalha com militantes islâmicos próximo ao complexo militar de Ghozlani, ao sul de Mossul, no Iraque, 23 de fevereiro de 2017.
Exército iraquiano lança roquetes contra militantes do E.I durante batalha com militantes islâmicos próximo ao complexo militar de Ghozlani, ao sul de Mossul, no Iraque, 23 de fevereiro de 2017. REUTERS/Alaa Al-Marjani
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Apoiados por aviões e drones, os militares iraquianos entraram no perímetro da base aérea e encontraram pouca resistência, mas rastrearam a área para verificar a presença de carros-bomba pilotados por kamikazes. O aeroporto de Mossul é a porta de entrada da zona oeste da cidade e estava sob controle do grupo EI.

"Entramos no aeroporto e as unidades de engenheiros estão limpando as estradas", disse Hisham Abdul Kadhem, comandante da Força de Intervenção Rápida (FIR) do Ministério do Interior. A operação aconteceu no quinto dia da ofensiva para recuperar a totalidade de Mossul, segunda maior cidade do país e último grande reduto do grupo extremista sunita no Iraque.

A zona leste da cidade foi liberada no final de janeiro e retomada do EI três meses depois da grande ofensiva militar iniciada em 17 de outubro, para reconquistar completamente a cidade. A coalizão internacional, sob comando americano, apoia as forças iraquianas com bombardeios aéreos. Nesta quinta-feira, veículos blindados americanos seguiam para o aeroporto ao lado das forças iraquianas.

As forças iraquianas controlam as alas sul e oeste do aeroporto, informou o comandante Kadhem. O esquadrão antibombas começou a desativar os artefatos explosivos deixados pelos extremistas. Nenhuma fonte confirmou o número exato de jihadistas no aeroporto, mas de acordo com imagens gravadas via satélite eles danificaram a pista.

Segundo fontes americanas, quase 2 mil combatentes permanecem entrincheirados na zona oeste de Mossul. O número era avaliado em entre 5 mil e 7 mil homens antes do início da ofensiva contra a cidade, em 17 de outubro passado. Desde domingo, as forças iraquianas reconquistaram um importante posto de controle na estrada que liga Bagdá e Mossul pelo sul, assim como Al-Buseif.

Preocupação com as crianças

A batalha pelo oeste de Mossul preocupa a ONU e várias ONGs que atuam nesta área da cidade. As condições de vida são cada vez mais precárias nesta zona isolada, onde não chegam mantimentos. Nesta quarta-feira (22), um avião militar lançou milhares de cartas escritas pelos moradores do leste de Mossul destinadas aos civis bloqueados na margem oeste do Tigre, o grande rio que divide a cidade.

"Sejam pacientes e ajudem uns aos outros, o fim da injustiça está próximo", afirma uma das cartas, assinada por "População do lado leste". "Permaneçam em suas casas e cooperem com as forças de segurança. São seus irmãos, vieram para libertá-los", afirma outra carta. Médicos e moradores da cidade afirmaram que muitas pessoas já morreram vítimas de desnutrição e falta de medicamentos, metade delas crianças.
 

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