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Terrorismo

Estado Islâmico reivindica lançamento de foguetes contra Israel

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira (9) o lançamento de dois foguetes, a partir da península egípcia do Sinai, que caíram na cidade israelense de Eilat, às margens do Mar Vermelho, no sul do país. Não houve feridos.

Torre de controle na fronteira entre Egito e Israel
Torre de controle na fronteira entre Egito e Israel Reuters
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Algumas horas após os disparos, dois palestinos, Hossam al-Sufi, de 24 anos, e Mohammed al-Aqra, de 38 anos, foram mortos 200 km mais ao norte no Sinaï, na fronteira com a Faixa de Gaza. Cinco outras pessoas ficaram feridas.

O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza acusou o exército israelense, que nega qualquer envolvimento nas mortes. Porém a sucessão de acontecimentos nutriu as especulações sobre um ato de represália.

Mortos e feridos foram levados para um hospital no enclave palestino. Eles trabalhavam em um dos túneis de contrabando sob a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, sujeita aos bloqueios israelense e egípcio, segundo uma fonte de segurança do grupo islamita Hamas.

Se for comprovada a participação do exército israelense, o ataque poderia indicar que Israel atua no Egito, um dos dois únicos países árabes com os quais fez a paz. O outro é a Jordânia.

Organizações salafistas

Israel responde sistematicamente aos disparos de projéteis de Gaza, que são comumente atribuídos a organizações salafistas. Mas Israel aponta o Hamas como responsável pelo que acontece no território.

No entanto, o foguetes de quarta-feira à noite foram os primeiros desde 2015 a partir do Sinai, disse Ely Karmon, analista do Instituto Internacional de Luta contra o Terrorismo, em Israel.

"Se foi Israel que atingiu o túnel, está claro que o governo acha que o Hamas tem algo a ver com os foguetes em Eilat", acrescentou. "Talvez Israel acredite que alguns desses jihadistas vêm do Hamas ou receberam armas deles."

Dos vários foguetes lançados na quarta-feira (7) à noite, o sistema de defesa israelense "Domo de Ferro" interceptou três deles, e outro não atingiu a cidade.A facção egípcia do EI escreveu nas redes sociais: "Graças a Deus, uma ala militar disparou vários foguetes contra Eilat".

O Sinai é cenário de confrontos frequentes entre soldados e policiais egípcios com membros da organização Província do Sinai, vinculado ao EI, que antes era conhecido como Ansar Beit Al-Maqdess.

Esse grupo foi criado em março de 2011 com o objetivo de atacar Israel, que faz fronteira com o Sinai, e evitar a cooperação entre Egito e Israel. Mas ele tem atacado principalmente o regime do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi desde que, em julho de 2013, derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi.

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