Turquia prende mais de 400 supostos membros do grupo Estado Islâmico
A polícia turca prendeu neste domingo (5) mais de 400 pessoas na maior operação contra o Estado Islâmico (EI) desde o ataque a uma boate de Istambul na noite do 31 de dezembro. O atentado foi reivindicado pelo grupo jihadista.
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Segundo a agência pró-governo Anadolu, 423 pessoas foram presas em operações em todo o país, suspeitas de planejar atentados. A maioria delas, 150 pessoas, foram presas em Sanliurfa, no sudeste; 60 foram detidas em Ancara e 47 na cidade de Gaziantep, na fronteira com a Síria. Em Istambul, 18 suspeitos foram presos.
No total, 14 estrangeiros foram presos, entre eles, 10 crianças, indicou a Anadolu. Um dos suspeitos seria um sírio que estaria ajudando no transporte de membros do grupo Estado Islâmico para a Europa. De acordo com o governo turco, todos os estrangeiros serão expulsos do país.
Maior operação desde o Ano Novo
Esta é a maior operação policial contra supostos jihadistas desde o massacre na boate Reina, na noite do 31 de dezembro. Na noite do Ano Novo, um homem armado entrou no local e alvejou os frequentadores, matando 39 pessoas, a maioria turistas de países árabes.
A autoria do atentado foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico. Após uma operação de busca, a polícia prendeu o suposto autor do ataque, Abdulgadir Masharipov, do Uzbequistão, no dia 16 de janeiro.
Antes de iniciar o julgamento de Masharipov, um tribunal de Istambul ordenou, na última sexta-feira (3) a prisão de 10 pessoas. A mulher do suposto autor do massacre, Zarina Nurullayeva, deve ser ouvida pelos juízes. Em seu primeiro depoimento, ela declarou aos investigadores que não tinha conhecimento que o marido preparava um atentado.
Centenas de mortos em atentados
Em 2016, a Turquia sofreu uma série de ataques atribuídos ou reivindicado pelo grupo Estado Islâmico ou separatistas curdos. Centenas de pessoas morreram nas violências
Desde o fim de agosto de 2016, tropas turcas participam de combates no norte da Síria contra o grupo Estado Islâmico. Mas aliados ocidentais da Turquia acusam o país de não fazer o suficiente para evitar a entrada dos jihadistas e a criação de células terroristas no país.
(Com informações da AFP)
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