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Síria/guerra

Síria: rebeldes e regime se reúnem no Cazaquistão

Os emissários do líder sírio Bashar al-Assad e os rebeldes sírios reúnem-se nesta segunda-feira (23) em Astana, no Cazaquistão, para a primeira rodada de negociações desde o início da guerra civil na Síria, em 2011.

Começa nesta segunda-feira em Astana, capital do Cazaquistão, negociações de paz na Síria entre emissários do presidente Bashar al-Assad e representantes dos rebeldes.
Começa nesta segunda-feira em Astana, capital do Cazaquistão, negociações de paz na Síria entre emissários do presidente Bashar al-Assad e representantes dos rebeldes. REUTERS/Mukhtar Kholdorbekov
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O tema das discussões deve ser principalmente a consolidação do cessar-fogo, desrespeitado com frequência apesar das decisões.As negociações se anunciam complicadas, já que os rebeldes sírios se recusaram a conversar diretamente com os emissários de Assad no primeiro dia da reunião, promovida pela Rússia, Irã e Turquia. As discussões, que acontecem no hotel Rixos, em Astana, reúnem pela primeira vez o regime de Damasco e os combatentes rebeldes.

Segundo Yehya al-Aridi, um porta-voz da delegação dos rebeldes, a decisão foi tomada porque o governo não respeitou o acordo de cessar-fogo do dia 30 de dezembro e mantém os combates perto de Wadi Barada, área estratégica para o abastecimento de água da capital síria, Damasco.

Bombardeios em Homs

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, nove civis, entre eles seis crianças, morreram em bombardeios ocorridos neste domingo em Homs. Os grupos rebeldes, com o apoio da Turquia, e o regime, ao lado da Rússia e do Irã, asseguraram que as discussões em Astana vão reforçar a trégua que entrou em vigor no dia 30 de dezembro.

Ambos os lados acreditam que, apesar das constantes violações, houve uma diminuição da violência. A questão agora é a adoção de mecanismos de fiscalização em caso de violações, e também a melhoria do acesso à ajuda humanitária.

Uma nova reunião está prevista no dia 8 de fevereiro em Genebra. O regime sírio busca também uma solução política global, depois de seis anos de guerra. O presidente sírio pediu aos rebeldes que entreguem as armas em troca de uma Anistia. Segundo esse acordo, os combatentes deixariam o front em troca do fim dos bombardeios das cidades pelas forças do governo.

O sucesso das negociações é uma vitória diplomática para a Rússia, que espera ter um papel determinante no fim do conflito.

Ausência dos europeus

Em entrevista à RFI, Elisabeth Guigou, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional, disse que, apesar da ausência dos europeus, a conferência é uma “oportunidade de paz”. “Esse acordo deve implicar todos os componentes da sociedade síria. É preciso que os representantes da oposição síria esclareçam o que eles querem. Se houver uma chance para a paz, temos que agarrá-la”, declarou.

 

 

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