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Irã/governo

Irã é acusado de incentivar esterilização de mulheres sem-teto e prostitutas

É preciso convencer as mulheres sem teto e as prostitutas a praticarem uma esterilização, afirmou neste domingo (1°) o governador-adjunto da província de Teerã. As declarações foram divulgadas pela agência iraniana Ina e provocaram uma grande polêmica dentro e fora do país.

Mulher observa paisagem em Teerã
Mulher observa paisagem em Teerã Amos Chapple/Getty Images
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O governador deu as declarações alguns dias depois da publicação de uma reportagem no jornal Shahrvand sobre cinquenta usuárias de drogas que dormem nos túmulos de um cemitério no oeste da capital. “Em Teerã, há mulheres sem teto e que se prostituem. Cerca de 20% delas tem o HIV e filhos demais”, acrescentou Siavash Shahrivar, encarregado das questões sociais da região.

De acordo com ele, várias organizações não-governamentais estimam que, quando uma mulher é doente, prostituída e sem-teto, é preciso esterilizá-la com seu consentimento.

“Muitas delas mulheres não podem educar seus filhos e são obrigadas a vendê-los”, declarou. “Se elas aceitassem, teria menos crianças doentes, pouco alimentadas e sem responsável." Cada vez mais crianças estão abandonadas nas ruas de Teerã, disse. Muitas são vendidas ou “alugadas” pelos próprios pais para grupos criminosos.

Governo rejeita acusações

As declarações provocaram uma forte polêmica na imprensa, que acusou a vice-presidente encarregada de questões femininas e familiares, Shahindokht Molaverdi, de “promover a esterilização das mulheres vivendo na rua. Ela rejeitou as acusações, lembrando que o governo ainda não apresentou um projeto para esterilizar mulheres sem “domicílio fixo”, e que essa medida deveria ser “examinada e proposta pelo Ministério da Saúde”, de acordo com a agência Mehr.

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