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Síria

ONU expressa "indignação internacional" com bombardeios em Aleppo

O enviado especial da ONU para a Síria advertiu neste domingo (20) que o "tempo está acabando" em Aleppo e expressou a "indignação internacional" com os bombardeios do regime sírio contra as zonas da cidade controladas pelos rebeldes.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura (e), se reuniu com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem (d), em Damasco
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura (e), se reuniu com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem (d), em Damasco SANA/Handout via REUTERS
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Staffan de Mistura, que desembarcou neste domingo em Damasco para pedir o fim dos ataques contra civis, se reuniu com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem. "Estamos correndo contra o tempo", advertiu De Mistura após o encontro com o ministro. "Até o Natal, com a intensificação das operações militares, veremos um virtual colapso do que resta na zona leste de Aleppo. Podemos ter 200 mil pessoas fugindo para a Turquia, o que seria uma catástrofe humanitária", disse.

O enviado da ONU expressou a "indignação internacional" com os bombardeios das forças de regime de Bashar al-Assad contra o leste de Aleppo, sob controle dos rebeldes.

Damasco rejeito "administração autônoma" dos rebeldes

De Mistura também confirmou que o regime sírio rejeitou uma proposta para que os rebeldes administrem de forma autônoma a zona leste de Aleppo. O projeto foi lançado durante uma entrevista publicada no início da semana ao jornal britânico The Guardian, na qual o emissário da ONU sugeria que Damasco reconhecesse uma gestão dos rebeldes nos bairros do leste de Aleppo, não controlados pelo regime desde 2012. Em contrapartida, centenas de jihadistas do grupo Fateh al-Sham (ex-braço sírio da Al-Qaeda) deveriam deixar a zona onde vivem mais de 250 mil civis, sitiados há quatro meses, e submetidos a intensos bombardeios por parte do regime.

"Afirmamos que rejeitamos completamente", destacou Muallem, antes de questionar "como é possível que a ONU pretenda recompensar terroristas", termo utilizado por Damasco para designar rebeldes e jihadistas. "Nós afirmamos que concordamos sobre a necessidade de que os terroristas saiam do leste de Aleppo. Não é possível que 275 mil de nossos cidadãos continuem sendo reféns de cerca de 6 mil homens armados", explicou Mualem. "Nenhum governo no mundo aceitaria isto. As instituições do Estado devem retornar ao leste de Aleppo", completou.

Os ataques contra a cidade, retomados na terça-feira (15), mataram 107 pessoas desde então, de acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), e obrigaram escolas e hospitais a fechar suas portas.

(Com informações da AFP)

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