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Grupo EI/Paquistão

Grupo Estado Islâmico reivindica explosão no Paquistão que matou mais de 40

Pelo menos 43 pessoas morreram neste sábado (12), em um atentado a bomba reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), durante uma cerimônia sufi no Baluchistão, província no sul do Paquistão. O anúncio foi feito por autoridades locais.

Área em vermelho é o Baluchistão, no sul do Paquistão.
Área em vermelho é o Baluchistão, no sul do Paquistão. wikimedia commons
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A explosão aconteceu no meio da multidão de fiéis presentes no santuário de Shah Noorani, uma figura sagrada do sufismo, ramificação mística do islamismo, considerado herético por alguns grupos radicais, como os talibãs, explicou Javed Iqbal, representante do governo local, à AFP.

Cerca de 600 pessoas estavam no local, algumas vindas de longe para a ocasião, declarou um outro oficial do governo. Elas participavam de danças religiosas, que aconteciam antes do fim da tarde, quando a explosão aconteceu nesse local de peregrinação, em área montanhosa e afastada, a cerca de 760 km de Quetta, a capital da província. As equipes de socorro apresentavam dificuldades para chegar ao local.

Em um comunicado divulgado pela Amaz, agência de comunicação dos jihadistas, o grupo EI afirma que um de seus combatentes foi o autor da “operação mártir”.

Zona rica e turbulenta

Em junho passado, um famoso cantor sufi foi assassinado em Karachi, metrópole no sul do Paquistão, a três horas do santuário de Shah Noorani, espalhando uma onda de indignação no país. Amjad Sabri era um intérprete de “qawwali”, forma tradicional de música Islâmica muito apreciada no sul da Ásia, com origens no século 13. Ele foi abatido por dois homens em uma moto e a polícia considerou o incidente como um atentado.

Fazendo fronteira com o Irã e o Afeganistão, o Baluchistão é a província mais pobre do Paquistão, apesar de recursos de petróleo e gás. A região é também considerada estratégica, com potencial para acolher infraestruturas de estradas e energia que podem ligar a China ao mar da Arábia, além de ser palco recente de violentos confrontos entre sunitas e xiitas, de ataques islâmicos e, desde 2004, de uma insurreição separatista.
 

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