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Síria/Crise

Rússia e Síria podem sofrer mais sanções econômicas

Estados Unidos e Reino Unido anunciaram neste domingo (16) que as potências ocidentais avaliam a possibilidade de impor novas sanções econômicas contra a Síria e a Rússia em represália ao cerco feito a Aleppo. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry, em Londres, após reunião com o grupo de países amigos da Síria, que apoia a rebelião contra o regime de Damasco.  

John Kerry durante encontro com aliados do Grupo de Países Amigos da Síria, em Londres.
John Kerry durante encontro com aliados do Grupo de Países Amigos da Síria, em Londres. REUTERS/JUSTIN TALLIS/Pool
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Na saída de um encontro sobre a crise síria com aliados europeus, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos deixou um recado claro: "Nós estudamos sanções suplementares e queremos ser claros. O presidente (americano Barack Obama) não exclui nenhuma opção no momento".

O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, declarou que "várias ações" foram propostas, entre elas "medidas suplementares contra o regime e seus apoiadores". "As medidas atingirão os autores desses crimes", acrescentou. As declarações foram feitas durante uma entrevista coletiva reunindo os dois chanceleres.

Kerry classificou os bombardeios contra os civis em Aleppo de "crimes contra a humanidade", enquanto Johnson fez um apelo para Moscou “ter piedade”.

Ação militar descartada, por enquanto

Apesar de ter comentado que o presidente Obama não exclui nenhuma alternativa, o secretário norte-americano minimizou a possibilidade de uma ação militar. Segundo ele, seu dever é esgotar todas as soluções diplomáticas.

"Discutimos todos os mecanismos à nossa disposição, mas não vejo interesse em nenhuma parte da Europa de partir para a guerra", ressaltou. "Não acredito que os parlamentos dos países europeus estejam prontos para declarar guerra", afirmou.

Os chefes da diplomacia do Reino Unido, Boris Johnson (à esq.), e dos Estados Unidos, John Kerry, durante entrevista coletiva, em Londres.
Os chefes da diplomacia do Reino Unido, Boris Johnson (à esq.), e dos Estados Unidos, John Kerry, durante entrevista coletiva, em Londres. REUTERS/JUSTIN TALLIS/

Presente na reunião, o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, explicou que "muitas iniciativas" foram abordadas durante o encontro na tarde deste domingo na capital inglesa. "Não foram todas concluídas, mas há um amplo consenso da necessidade de pressões".

Diante da imprensa francesa, Ayrault mencionou a reunião de sábado (15) em Lausanne, reunindo Washington, Moscou e representantes de vários países considerados importantes na solução para o fim do conflito sírio. Segundo o chanceler, a tentativa de um cessar-fogo fracassou diante da impossibilidade de acordo sobre o fim dos bombardeios contra Aleppo, "assunto indispensável para avançar em outras questões".

"Vemos que o regime (sírio) com o apoio russo tem outros objetivos. Estamos sempre prontos para conversar com os russos e com os iranianos, mas exigimos essa condição que é o fim dos bombardeios", explicou.

(Com informações da AFP)
 

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