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G7 cria medidas para proteger sistema financeiro de ciberataques

O Tesouro americano anunciou nesta terça-feira (11) que os setores público e privado dos sete países mais ricos do mundo adotaram uma série de iniciativas para se proteger de ataques de hackers.

Os países do G7 se unem para se proteger dos hackers
Os países do G7 se unem para se proteger dos hackers Reuters/Kacper Pempel
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Bancos centrais e financeiros, e empresas dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França, foram aconselhados a aplicar, sem obrigatoriedade, as novas disposições. A secretária-adjunta do Tesouro, Sarah Bloom Raskin, declarou que "as ameaças cibernéticas mantiveram a atenção das autoridades de regulação em seu nível mais alto (...) Não desestabilizou o setor financeiro, mas ameaçou".

Ela relembrou o incidente envolvendo a rede Swift - sistema de transferência bancária - que, apesar de solidamente seguro, foi vítima de um ataque através de um malware, termo do inglês "malicious software" (software nocivo ou software malicioso), que se infiltra em um sistema de computador de forma ilegal para causar danos, alterações ou roubar informações. "Os recentes incidentes envolvendo a rede Swift e outras piratarias confirmam a necessidade de uma cibersegurança potente para todo o setor financeiro", disse.

O grupo de segurança informática Symantec afirmou nesta terça-feira que o malware chamado "Trojan.Odinaff" atacou várias organizações financeiras desde o início do ano, entre elas, o Swift. A informação é baseada em um documento da empresa de segurança informática McAfee. Foi esta mesma empresa que investigou, em 2011, um dos maiores casos de ciberespionagem da época, em que 72 instituições internacionais, inclusive a ONU, e diversos grupos americanos de Defesa, foram vigiados.

Como o G7 vai se proteger dos hackers?

O acordo do G7 se baseia em oito princípios em torno dos quais os ministérios das Finanças, da Defesa e outros, e os bancos centrais e financeiros, de todos os tipos e tamanhos, devem definir sua estratégia para prevenir ou remediar os ataques.

As instituições são aconselhadas a adotar protocolos de vigilância de dados e de intervenção em caso de pirataria, a compartilhar informações técnicas sobre o tipo de ameaças e de vulnerabilidade que forem detectadas, e a se atualizar continuamente, pois as ameaças também evoluem rapidamente.

Os países do G7 também foram encorajados a adotar um "vocabulário comum" para definir seus processos técnicos e poder colaborar melhor uns com os outros. "A arquitetura do sistema financeiro internacional é tão sólida quanto frágil; é por esta razão que os Estados Unidos devem trabalhar com seus parceiros pelo mundo para reforçar a segurança das informações", observou Stanley Fischer, vice-presidente da Reserva Federal Americana, o principal órgão de regulação financeira do país.

O maior roubo digital da história ocorreu em fevereiro deste ano. O Banco Central de Bangladesh perdeu US$81 milhões em um ataque virtual a uma conta sua na Reserva federal de Nova York. O caso teve repercussão mundial e levou o governador da instituição atacada a pedir demissão.

 

 

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