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OMS pede que governos subam imposto de refrigerantes para combater obesidade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou nesta terça-feira (11) aos governos para que elevem os impostos sobre os refrigerantes, a fim de baixar o seu consumo. O objetivo é combater a obesidade no mundo. Subvenções a frutas e legumes também são aconselhadas.

Para a OMS, refrigerantes mais caros desencorajam o consumo e impactam na queda da obesidade
Para a OMS, refrigerantes mais caros desencorajam o consumo e impactam na queda da obesidade DR
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Um adulto em três, no mundo, está acima do peso. Esta é a conclusão do novo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que refrigerantes mais caros podem reduzir o consumo. "Um aumento de 20% dos preços resultaria em uma diminuição do consumo de 20%; uma alta de 50% reduziria o consumo pela metade. Se os governos impuserem o imposto, podem reduzir sofrimentos e salvar vidas", afirma Douglas Bettcher, diretor do departamento de prevenção de doenças não-transmissíveis da OMS. Ele esclarece que as políticas fiscais miram sempre alimentos e bebidas para as quais existem alternativas mais saudáveis.

Mundo tem cada vez mais obesos

Em escala mundial, o número de casos de obesidade dobrou desde 1980. Em 2014, mais de 1,9 bilhões de adultos (com mais de 18 anos) estavam acima do peso, dos quais mais de 600 milhões eram obesos. Em 2015, 42 milhões de crianças com menos de 5 anos estavam com peso a mais ou obesas.

Em 35 anos, o número de adultos com diabetes explodiu, passando de 108 milhões, em 1980, a 422 milhões em 2014. A doença também causa, globalmente, um grande número de mortes. Em 2012, sabe-se que 1,5 milhão de pessoas perderam a vida devido ao diabetes; se forem levadas em conta as doenças colaterais, pode-se acrescentar 2,2 milhões de óbitos.No total, são 3,7 milhões de mortes.

Saúde e políticas fiscais

O novo relatório da organização é resultado de uma reunião com especialistas fiscais, aos quais a OMS pediu um estudo de como as políticas na área poderiam diminuir a taxa de diabetes. O México é um exemplo. O país aumentou em 10%  o imposto dos refrigerantes, causando uma alta de 10% do preço. O consumo caiu em 6%. O Chile também decidiu lutar contra a obesidade no país, mudando embalagens de 8 mil produtos.

Há muito tempo a OMS estima que os açúcares deveriam constituir menos de 10% do consumo energético de uma pessoa; agora a organização pede aos países para essa taxa baixar para 5%, o equivalente a 25 gramas ou 6 colheres de açúcar por dia. Para termos uma ideia, uma latinha de bebida gasosa representa 10 colheres de café de açúcar.

Em paralelo, o estudo considera que as subvenções a frutas e legumes poderiam reduzir seu preço entre 10% e 30%, o que causaria uma melhora nos hábitos alimentares.

 

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