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Marrocos/parlamento

Partido islâmico marroquino alcança maioria em Parlamento

Os islâmicos do Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD, no poder) conseguiram a maioria das cadeiras nas eleições legislativas marroquinas - de acordo com dados provisórios divulgados na madrugada deste sábado (8) pelo Ministério do Interior.

Marroquina vota na capital Rabat.
Marroquina vota na capital Rabat. AFP/FADEL SENNA
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Ao final de uma votação com índice de participação de apenas 43%, o PJD conseguiu 99 cadeiras das 395 em disputa, contra 80 cadeiras para o Partido Autenticidade e Modernidade (PAM, liberal), a segunda força política.

A Constituição prevê que o rei escolha como primeiro-ministro o líder do partido com mais cadeiras no Parlamento, mesmo que não tenha a maioria absoluta. Na terceira posição ficou o Istiqlal, o partido histórico da luta pela independência, com 31 deputados, segundo os números correspondentes a 90% dos votos.

O ministro do Interior, Mohamed Hassad, destacou o "bom desenvolvimento" das eleições, que transcorreram de forma "transparente" e descartou as denúncias do PJD de que funcionários do ministério do Interior trataram de favorecer o PAM.

Oposição denuncia crescente islamização do Marrocos

"Apesar das críticas do partido vencedor, foram respeitadas as diretrizes de Sua Majestade (rei Mohamed VI) e nos mantivemos neutros em relação a todas as forças políticas", declarou o ministro. O PJD obteve uma vitória histórica em novembro de 2011, meses após o rei Mohamed VI realizar uma revisão constitucional para apaziguar "o movimento de 20 de fevereiro", surgido em razão da Primavera Árabe.

O PJD é o único partido islâmico no poder na região do Magrebe (norte da África). Liderado pelo carismático primeiro-ministro Abdelilah Benkirane, o PJD tem sua base na classe média urbana e em uma organizada militância. A legenda se apresentou nas eleições pedindo um segundo mandato para "continuar com a reforma".

O PAM, que fez campanha denunciando a "crescente islamização" da sociedade e está mais bem implantado nas zonas rurais, se apresentou como o "defensor das liberdades" e das mulheres.

(Com infomrações da RFI)

 

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