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China/Estados Unidos

China suspende embargo sobre carne bovina americana

A China anunciou nesta quinta-feira (21) a suspensão parcial do embargo sobre alguns produtos americanos à base de carne bovina. A medida estava em vigor desde 2003, quando foi detectado um primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como doença da vaca louca, nos Estados Unidos.

China remove parcialmente embargo sobre a carne bovina americana
China remove parcialmente embargo sobre a carne bovina americana SHIPPING-COSTS/SAFETY REUTERS/Bobby Yip/
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A China autorizou a importação de produtos americanos de carne bovina, com ou sem osso, de menos de 30 meses, segundo a Agência Chinesa para o Controle da Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ). Em 2006, Pequim reduziu o número de produtos afetados pelo embargo, mas Washington criticou na época uma decisão "muito limitada e insuficiente", argumentando que a carne bovina americana era segura.

O fim da proibição coincide com o aumento do consumo de carne, em particular australiana, na segunda maior economia mundial, onde a classe média, cada vez mais numerosa, está mudando seus hábitos alimentares.

"Reconhecemos que os Estados Unidos têm uma boa carne bovina", declarou o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no início da semana durante uma visita a Nova York, segundo o Wall Street Journal. Em agosto, o Brasil também retirou o embargo sobre a carne americana.

Pequim também negocia com a Irlanda

Durante o embargo, muitos chineses compravam carne bovina americana pela internet e, segundo uma fonte em Washington, grande parte desta carne escapava das restrições de importação. A China mantém embargos de importação da carne da União Europeia pelos casos de EEB há 15 anos. Mas de acordo com várias fontes, Pequim está negociando com a Irlanda para suspender a medida em breve.

No ano passado, a China foi o segundo país a importar mais produtos agrícolas americanos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), com um aumento de mais de 200% em uma década. O consumo de carne bovina passou de 3 quilos por habitante em 2005 a 3,8 kg em 2016.

Retomada das exportações são cruciais para produtores americanos

A suspensão do embargo e a retomada das exportações são cruciais para os produtores americanos, que enfrentam o excesso de oferta interna e uma considerável queda do preço.Até 2020, a China deve consumir 2,2 milhões de toneladas adicionais de carne bovina e as importações devem representar 20% do total, de acordo com uma estimativa do banco holandês Rabobank.

"Os preços da carne bovina dispararam e agora são quatro vezes maiores que no ano 2000", destaca o Rabobank. A China já é o maior consumidor mundial de carne de porco, mas não produz o suficiente para suprir a demanda interna. Nos primeiros quatro meses de 2016, o país dobrou as importações de carne suína procedente da Europa.

(Com informações da AFP)

 

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