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Venezuela/crise

Líder da oposição venezuelana diz ter sido detido por grupos armados

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta quarta-feira (7) ter ficado "sitiado" durante quatro horas por grupos armados ligados ao chavismo ao chegar ao aeroporto da Ilha de Margarita, no norte do país.

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou na quarta-feira (7) que ficou "sitiado" por 4 horas
O líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou na quarta-feira (7) que ficou "sitiado" por 4 horas REUTERS/Guadalupe Pardo
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A declaração foi dada durante um vídeo exibido no Periscope, aplicativo de transmissão ao vivo do Twitter. Segundo ele, “o que o governo de Maduro está fazendo é muito grave”, declarou. A denúncia foi feita dias depois de um protesto contra o presidente venezuelano em Villa Rosa, periferia de Porlamar, maior cidade de Margarita. Segundo vídeos divulgados por líderes da oposição, os manifestantes cercaram o presidente, fazendo "panelaço", durante o trajeto que ele percorria a pé.

No vídeo divulgado por Capriles, ele também alerta que está sitiado por “grupos armados do governo, encapuzados, e que não é o único”. Além dele, crianças e outras pessoas também ficaram detidas. O líder tentou negociar com as autoridades aeroportuárias a saída das pessoas que estavam retidas no local, mas permaneceu no aeroporto ao lado de deputados e prefeitos opositores.

Entre sexta-feira e sábado da semana passada, 30 pessoas foram detidas após o protesto contra Maduro em Villa Rosa. Todas foram libertadas, com exceção do jornalista chileno-venezuelano Braulio Jatar. O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, negou as acusações de Capriles. "Como ninguém dá importância, denuncia que está sendo perseguido. Está escutando vozes. Quem vai persegui-lo?", questionou Cabello, com ironia, em seu programa semanal na televisão estatal.

Manifestações contra o governo

Milhares de integrantes da oposição e do governo foram às ruas na quarta-feira nas principais cidades da Venezuela protestar contra o governo. No dia 1 de setembro, um protesto reuniu mais de 1 milhão de pessoas segundo os organizadores, 30 mil de acordo com o governo.

A crise política no país atinge seu ápice, e sem perspectivas de resolução. Os partidários de Nicolas Maduro denunciam uma tentativa de golpe de Estado - um referendo está previsto para janeiro de 2017 que, se for favorável, prevê a organização de novas eleições. A Venezuela vive um contexto de caos econômico e social– o FMI prevê uma alta de preços de 720% em 2016 e a maior parte dos produtos básicos desapareceram das prateleiras.

 

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