Atentados do grupo Estado Islâmico matam mais de 40 na Síria
Ao menos 43 pessoas morreram nesta segunda-feira (5) em uma série de atentados em várias cidades da Síria, essencialmente controladas pelo regime, como a província costeira de Tartus, reduto do regime sírio, informou a imprensa estatal. Os atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
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O ataque mais violento aconteceu em uma ponte da cidade de Tartus e deixou 30 mortos e 45 feridos. Um carro-bomba explodiu e, pouco depois, um homem-bomba detonou os explosivos amarrados a seu corpo no meio das pessoas que tentavam socorrer os feridos da primeira explosão.
A agência de notícias Amaq, órgão de publicidade do EI, afirmou que o grupo jihadista realizou uma série de ataques suicidas simultâneos na capital Damasco, em Tartus, Homs e Hazakeh.
"Os atentados foram executados tendo como alvos posições das forças de segurança", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os atentados acontecem pouco depois de o EI ter perdido suas últimas posições ao longo da fronteira com a Turquia, assim como do sucesso do exército sírio e seus aliados ao cercar os bairros rebeldes de Aleppo.
Tartus conseguiu ficar por muito tempo à margem da violência da guerra na Síria, que provocou 290.000 mortes desde 2011 e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas.
Mas no dia 23 de maio vários atentados, incluindo ataques suicidas reivindicados pelo EI, deixaram mais de 170 mortos em Tartus e em outro reduto do regime, Jableh.
Moscou e Washington não chegam a acordo no G20
A Síria também é destaque na reunião do G20 na China, onde Estados Unidos e Rússia fracassaram na tentativa de alcançar um acordo sobre a guerra no país por causa das divergências persistentes, informou uma fonte diplomática americana.
As negociações entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, terminaram sem acordo, segundo a fonte. No domingo, Washington acusou Moscou de ter recuado em alguns pontos das negociações, o que tornou impossível um acordo entre as duas potências.
Estados Unidos e Rússia, que executam ataques aéreos na Síria contra os extremistas, mas de modo separado, discordam sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad, que continua atacando a oposição síria com o apoio da Rússia.
(Com informações da AFP)
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