ONU celebra 25 anos do fim de testes nucleares no continente asiático
O Dia Internacional Contra Testes Nucleares, celebrado todo 29 de agosto pela Organização das Nações Unidas (ONU), comemora, nesta segunda-feira (29), os 25 anos do último teste utilizando esse tipo de armamento realizado pela Rússia [então União Soviética] no Quazaquistão, na Ásia Central.
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Durante um período de 40 anos, a União Soviética detonou toneladas de armas nucleares no país, mas a prática foi oficialmente encerrada no dia 29 de agosto de 1991. Durante as décadas de testes na região, os cogumelos nucleares e as explosões subterrâneas deixaram resíduos que causaram graves danos à população local, especialmente na cidade de Semey.
Os níveis de radiação chegaram a ser dez vezes maior que seus níveis normais no solo e na água. Vários bebês nasceram com deformidades durante e após o período de testes. A taxa de incidência de câncer aumentou significamente entre a população, de acordo com um relatório de 2016, e mais de metade da cidade não ultrapassa atualmente os 60 anos idade.
O Dia Internacional Contra Testes Nucleares serve como um lembrete para o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, de 1996, que a ONU adotou, mas que ainda não entrou em vigor. O tratado deveria proibir todos os testes nucleares ou explosões em toda e qualquer circunstância, mas oito países do mundo ainda se recusam a assiná-lo: China, Egito, Índia, Irã, Israel, Coreia do Norte, Paquistão e Estados Unidos.
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