Chefe de estação admite erro em colisão de trens na Itália
O chefe de uma das duas estações entre as quais ocorreu o acidente ferroviário que deixou 27 mortos no sul da Itália, na terça-feira (12), reconheceu que permitiu a partida do trem que provocou a colisão. A informação foi divulgada pela imprensa italiana nesta quinta-feira (14).
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"Fui eu quem deixou esse trem sair, fui eu quem deu autorização (...) havia confusão, os trens estavam atrasados", declarou o chefe da estação de Andria, Vito Piccarreta, ao jornal italiano La Stampa.
Ao diário Corriere della Sera, Picarreta declarou que a culpa do acidente não era apenas sua. "Todos me crucificam, mas eu também sou vítima", lamentou.
Trens bateram de frente
Na terça-feira, dois trens que estavam na mesma linha férrea entre as localidades de Corato e Andria, na região de Apúlia, no sul da Itália, colidiram frontalmente. Como o trecho é de via única, os chefes das duas estações precisam entrar em acordo por telefone para deixar um trem passar de cada vez.
Segundo uma reconstituição de La Stampa, três trens - um a mais que o normal - deveriam passar por esse trecho. Depois que o segundo trem passou, Picarreta cometeu o erro de deixar o terceiro trem passar, o que provocou a colisão.
Investigações sobre a tragédia continuam
A Justiça e a polícia italianas trabalham na reconstituição do acidente para identificar os responsáveis pela tragédia. Eles questionam também a ausência de uma segunda via férrea, já que a União Europeia havia se comprometido a financiar a construção.
O chefe da estação de Corato, Alessio Porcelli, também está na mira da justiça italiana, já que deveria ter percebido que um trem se aproximava na direção oposta à do que acabava de sair de sua estação. Uma terceira pessoa está sendo interrogada, mas as autoridades não revelaram sua identidade.
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