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Egito

Egito diz ter encontrado caixa preta do avião da EgyptAir

Uma das caixas-pretas do Airbus A320 desaparecido da EgyptAir foi recuperada, anunciou nesta quinta-feira (16) a comissão de investigação egípcia, em um comunicado. O avião caiu no Mar Mediterrâneo quando fazia a rota Paris-Cairo, no dia 19 de maio, com 66 ocupantes a bordo, entre eles, 40 egípcios e 15 franceses.

Destroços do Airbus A320 da companhia EgyptAir encontrados no Mar Mediterrâneo na quarta-feira (15).
Destroços do Airbus A320 da companhia EgyptAir encontrados no Mar Mediterrâneo na quarta-feira (15). HO / Egyptian military spokesperson's facebook page / AFP
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Segundo o comunicado dos investigadores egípcios, a caixa-preta encontrada é a que contém o gravador de voz, que registra as conversas da cabine do avião, mas o equipamento estaria "destroçado". No entanto, o documento revela que os especialistas conseguiram recuperar a memória do aparelho "que é a parte mais importante do gravador", diz o documento.

A caixa-preta contém até duas horas de gravações de conversas entre o comandante de bordo e o copiloto, todas as mensagens no cockpit feitas pelos comissários de bordo e ruídos do avião. O registro pode ser fundamental na compreensão dos motivos da queda do Airbus A320 da EgyptAir.

A Justiça egípcia ordenou que a caixa-preta seja enviada a um comitê técnico para "recuperação e análise das conversas", reitera o comunicado. O documento ressalta que a descoberta do material foi feita por um navio da companhia francesa Deep Ocean Search (DOS), especializado em buscas em grandes profundidades.

Destroços encontrados

Na quarta-feira (15), a comissão de investigação egípcia anunciou que destroços da aeronave foram localizados em "vários lugares". Os fragmentos foram fotografados pelo robô submarino do DOS, que explora a costa egípcia em busca de resquícios do avião.

Os trabalhos de busca continuam nesta quinta-feira com base em um mapa da distribuição dos destroços encontrados. O robô submarino pode descer a até 6 mil metros de profundidade.

Hipótese de atentado é revisada

A teoria de um ataque terrorista dentro da aeronave foi especialmente apoiada pelo governo egípcio, depois de ter sido alvo do atentado de Charm el-Cheik, há sete meses. O ato foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

No entanto, a hipótese de um ataque jihadista a bordo do Airbus A320 da EgyptAir vem sendo pouco a pouco descartada devido à ausência de reivindicação e em razão de sinais de falha emitidos pelo avião.

Antes de desaparecer dos radares, o sistema de transmissão automatizado de mensagens do aparelho indicou que 10 alarmes foram acionados a bordo. Ele assinalou fumaça no cockpit, no banheiro e na cabine de pilotagem, assim como falha no computador que gerencia os comandos do avião.

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