Sessenta mil, inclusive crianças, morreram em prisões na Síria desde 2011
Neste sábado (21), o Observatório dos Direitos Humanos na Síria (OSDH) fez uma denúncia chocante. Desde o começo do conflito de opositores e partidários do regime do presidente Bachar al-Assad, cerca de 60 mil pessoas morreram nas prisões do país, em condições dramáticas.
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"Desde março de 2011, pelo menos 60 mil pessoas morreram por tortura ou maus tratos, principalmente por falta de remédio e alimentos, nos centros de detenção do regime", divulgou hoje o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, assinalando que a cifra teve origem em fontes do regime. Recentemente, diante do fracasso do cessar-fogo articulado por Estados Unidos e Rússia, ele afirmou que a trégua já não existia.
"O maior número de mortes foi registrado na prisão de Saydnaya e nos centros de detenção dos serviços secretos da aeronáutica e da segurança do Estado", acrescentou. Situada a 30km ao norte de Damasco, a prisão de Saydnaya é uma das maiores do país.O OSDH afirmou que criou uma lista com o nome de 14.456 mortos, entre eles 110 crianças.
Cinco anos de violência sem limite
Segundo Rahman, meio milhão de pessoas passaram pelas prisões do regime desde o início do conflito,em 2011, que deixou 270 mil mortos e levou milhões de pessoas a fugir. Por outro lado, acrescentou o diretor do OSDH, milhares de pessoas morreram no mesmo período nas prisões dos grupos rebeldes e jihadistas.
Em fevereiro deste ano, especialistas da ONU na Síria haviam acusado o regime de Damasco de "extermínio de detidos", afirmando que as mortes em massa de prisioneiros eram resultado de "uma política de Estado". O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, havia anunciado a nomeação de Eva Svoboda como responsável pelos temas de detidos e sequestros.
(com informações da AFP)
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