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Filipinas/Política

Presidente das Filipinas quer volta da pena de morte e execução de criminosos

O presidente eleito das Filipinas, Rodrigo Duterte, prometeu neste domingo (15) restabelecer a pena de morte no país e ordenar às forças de segurança para atirar e matar durante sua campanha de luta contra o crime.

Rodrigo Duterte, na cidade de Davao, nas Filipinas, em 9 de maio de 2016.
Rodrigo Duterte, na cidade de Davao, nas Filipinas, em 9 de maio de 2016. REUTERS/Erik De Castro
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"Pedirei ao Congresso que restabeleça a pena de morte por enforcamento", disse Duterte em uma entrevista coletiva em Davao, no sul das Filipinas, onde foi prefeito. E, no caso de confrontos com criminosos, pretende autorizar as forças de segurança a atirar para matar contra quem resistir com violência à prisão.

"Se houver alguém que resita, ou mostre uma atitude violenta de resistência, minha ordem será para a polícia disparar para matar", afirmou o presidente, acrescentando que o governo vai recrutar militares especialistas para a campanha contra os criminosos.

Duterte, de 71 anos, defende a volta da pena capital - abolida em 2006 durante a presidência de Gloria Arroyo - para ser usada contra vários crimes, particularmente o tráfico de drogas, mas também contra assassinato e roubo. Segundo Duterte, para acabar com a pobreza é preciso erradicar o crime.

Acusado de ter criado esquadrões da morte que teria provocado mais de mil mortes, Duterte prometeu erradicar a criminalidade no país em seis meses. Devido ao seu estilo grosseiro e piadas de mau gosto sobre abusos e violações, o presidente filipino, que já ameaçou romper com Washington e Sydney, tem sido comparado ao pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.

Em certa ocasião, disse que 100 mil pessoas vão morrer e muitos desses corpos deveriam ser lançados na baía de Manila para a engorda de peixes.

Pedidos de desculpas ao papa

Duterte considerou "suficiente" seu pedido de desculpas por escrito envido ao papa Francisco, chamado por ele de "filho da p...". Ele indicou que não irá ao Vaticano para desculpar-se pessoalmente, como havia indicado. Duterte disse que uma viagem à Santa Sé poderia ser um "exercício hipócrita".

Rodrigo Duterte foi eleito presidente da Filipinas com uma vantagem de mais de 6,1 milhões de votos sobre seu adversário, o candidato governista Mar Roxas. Três décadas depois da revolução que afastou o ditador Ferdinand Marcos do poder, os opositores de Rodrigo Duterte temem que sua chegada à presidência traga uma nova era de convulsões sociais ao país.
 

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