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Brasil-Mundo

Família Schürmann refaz rota chinesa do período das grandes navegações

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Com a bandeira brasileira hasteada, o veleiro Kat descansa no Royal Hong Kong Yacht Club, em Sai Kung, território autônomo chinês. Em maio, a família Schürmann, de Santa Catarina, começa a segunda etapa da “Expedição Oriente”, agora rumo ao Brasil. Eles seguem a rota que pode ter chegado à América cerca de 70 anos antes de Cristóvão Colombo.

Essa é a terceira volta ao mundo de Vilfredo e Heloísa Schurmann, acompanhados de seus filhos.
Essa é a terceira volta ao mundo de Vilfredo e Heloísa Schurmann, acompanhados de seus filhos. Divulgação
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Luiza Duarte, correspondente da RFI Brasil em Hong Kong

Foram 19 meses navegando até chegar à China para investigar o caminho que pode ter levado o almirante chinês Zheng He ao continente americano. Essa é a terceira volta ao mundo de Vilfredo e Heloísa Schürmann, acompanhados de seus filhos.

“Depois que lemos o livro de Gavin Menzies sobre a possibilidade dos chineses terem dado a volta ao mundo antes de Fernão de Magalhães, começamos a pensar em fazer a rota da suposta viagem”, explica Vilfredo.

O caminho é descrito no livro “1421: O ano em que a China descobriu o mundo”. Para desvendar um dos maiores mistérios da história da navegação e confirmar que os chineses foram os precursores das viagens de descobrimento, os catarinenses buscam evidências da passagem do almirante chinês em diversos portos.

Primeiro veleiro brasileiro na China

Depois de deixar a cidade de Itajaí no Brasil, eles já passaram pela Argentina, Chile, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné. A cada etapa fazem visitas a lugares históricos e entrevistas com especialista no assunto. Na China, também foram até a cidade de Nanquim, grande polo de construção de embarcações durante a Dinastia Ming.

“É a primeira vez que chego à China e, por incrível que pareça, é a primeira vez que um veleiro brasileiro aporta na China. Então foi uma emoção muito grande”, conta o navegador brasileiro. Ele diz ter ficado impressionado com Xangai, que tem o maior porto do mundo, com 350 práticos para manobrar as embarcações. “É uma verdadeira estrada, fila indiana, um barco atrás do outro…”, diz Vilfredo.

A família Schürmann iniciou sua primeira volta ao mundo em 1984. De lá para cá foram muitas milhas percorridas em alto-mar. Quando pergunto se eles notaram ao longo desses anos um aumento da poluição nas águas, Vilfredo confirma que o plástico invadiu os oceanos. Para ele, essa é uma preocupação muito forte e que já motiva uma próxima expedição planejada para 2018, com o objetivo de promover uma campanha internacional pela proteção dos mares.

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