Assad defende governo de transição, mas oposição síria rejeita união com regime
O presidente sírio, Bashar al-Assad, defendeu nesta quarta-feira (30) a criação de um governo de transição que reúna as forças pró-regime e opositoras. A proposta foi imediatamente rejeitada pela oposição, que exige que o chefe de governo deixe o poder antes de qualquer negociação.
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Em uma entrevista à agência de notícias russa Ria Novosti, Assad considerou que seria "lógico que as forças independentes, assim como as forças de oposição, e as que são leais ao poder, estivessem representadas" em um governo de transição. O presidente também se disse confiante nas negociações de paz de Genebra para "resolver" a questão da distribuição de pastas ministeriais.
O chefe da delegação da oposição nas negociações de Genebra, Assaad al-Zoabi, declarou que "Assad não deve permanecer sequer uma hora a mais após a formação" desse órgão. Mesmo tom do lado de Washington, onde o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, estimou que o presidente sírio não deve integrar qualquer governo provisório de coalizão, considerando "estar fora de questão" tal participação.
Projeto de nova Constituição da Síria é esperado em agosto
O presidente sírio também considerou que "um projeto de Constituição", exigido pela ONU, poderia ser elaborado em algumas semanas. Moscou e Washington esperam um esboço de projeto até agosto.
Sobre a guerra, Assad afirmou que os danos materiais provocados no país pelo conflito desde seu início, em 2011, superaram os US$ 200 bilhões, e anunciou que as empresas dos principais aliados da Síria – Rússia, Irã e China – serão as primeiras convidadas a participar na reconstrução do país.
Com informações da AFP
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